Organização Meteorológica Mundial confirma que maior raio do mundo caiu no Brasil
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou que o raio mais extenso já registrado no mundo caiu em território brasileiro. Em 31 de outubro de 2018, ele percorreu 709 km em linha horizontal, no Sul do país. O recorde anterior havia sido registrado em 2007, quando um relâmpago com 321 quilômetros de comprimento atingiu o estado de Oklahoma, nos Estados Unidos.
O raio cruzou a divisa do Norte do Rio Grande do Sul com a Argentina, percorrendo o estado gaúcho e Santa Catarina, prosseguindo em direção ao Oceano Atlântico. O Brasil é o país com maior incidência de raios no planeta. Entre 2012 e 2018, estima-se que 77,8 milhões deles atingiram o território nacional.
Normalmente, pensamos que os raios se movem na vertical, mas eles também podem se mover horizontalmente, principalmente em grandes altitudes. Esses super-relâmpagos geralmente se estendem por mais de 100 quilômetros de comprimento. Já o comprimento dos relâmpagos verticais varia entre 6 e 10 quilômetros, com os maiores chegando a 20 quilômetros. Os raios mais extensos são conhecidos como "megaflashes".
Em 2017, também nos EUA, um raio com mais de 500 quilômetros atingiu os estados do Texas, Oklahoma e Kansas, mas essa ocorrência ainda não recebeu confirmação oficial da Organização Meteorológica Mundial. Especialistas acreditam que outros raios podem superar o recorde do raio brasileiro no futuro. Um estudo publicado pela Sociedade Meteorológica dos EUA diz que esses raios têm potencial para atingir até mil quilômetros.
A OMM também divulgou o recorde do raio com duração mais longa. Ele caiu na Argentina e durou 16,73 segundos a partir de um flash que começou no norte do país, em 4 de março de 2019.
BREAKING: The @WMO just announced that @NOAA #satellites helped it confirm two new #WorldRecords for #lightning--the longest single lightning bolt (captured by #GOES16's #GLM above) and the greatest single lightning flash duration! Get the details here: https://t.co/ZHItdC63yZ pic.twitter.com/sfdsNVU4Bh
— NOAA Satellites - Public Affairs (@NOAASatellitePA) June 25, 2020
Fontes: G1 e Organização Meteorológica Mundial
Imagens: Shutterstock.com e Organização Meteorológica Mundial