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Pesquisadores criam adesivo revolucionário capaz de enxergar dentro do corpo

Dispositivo do tamanho de um selo pode fornecer imagens de ultrassom de órgãos e veias
Por History Channel Brasil em 05 de Agosto de 2022 às 19:25 HS
Pesquisadores criam adesivo revolucionário capaz de enxergar dentro do corpo-0

Os aparelhos de ultrassonografia estão entre as mais importantes ferramentas da medicina. Esses dispositivos oferecem uma espécie de janela para dentro do corpo, ajudando especialistas a fazerem o diagnóstico de diversos tipos de doenças. Agora, uma nova tecnologia que usa uma combinação de pequenos adesivos com chips pode revolucionar esse conceito.

Monitoramento de órgãos ao vivo

Atualmente, exames de ultrassom só podem ser feitos em hospitais ou clínicas médicas. Isso porque eles são realizados por equipamentos grandes que precisam ser operados por profissionais treinados. Mas os novos adesivos podem mudar essa realidade, tornando a tecnologia mais acessível.

O equipamento foi criado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e apresentado em um estudo publicado na revista Science. Segundo os pesquisadores, ele consiste em um dispositivo do tamanho de um selo que gruda na pele e pode fornecer imagens de ultrassom contínuas de órgãos internos por 48 horas. Os cientistas disseram ainda que futuramente a tecnologia pode se tornar tão comum quanto comprar band-aids na farmácia.

Os pesquisadores aplicaram os adesivos em voluntários e mostraram que os dispositivos podem produzir imagens ao vivo de alta resolução dos principais vasos sanguíneos e órgãos mais profundos, como coração, pulmões e estômago. Os adesivos mantiveram uma forte adesão e registraram o comportamento dos órgãos à medida que os voluntários realizavam várias atividades, como sentar, ficar em pé, correr e andar de bicicleta. 

“Nossa ideia é que os adesivos seriam colados em diferentes locais do corpo e se comunicariam com seu celular, onde algoritmos de IA (Inteligência Artificial) analisariam as imagens sob demanda”, disse o autor principal do estudo, Xuanhe Zhao, professor de engenharia no MIT.

Fontes
MIT
Imagens
Felice Frankel/MIT/Divulgação