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Pesquisadores descobrem lagarto que cria bolha para respirar embaixo d'água

Curiosa estratégia de sobrevivência foi observado em uma espécie de animal que vive nas florestas da Costa Rica
Por History Channel Brasil em 22 de Setembro de 2024 às 13:05 HS
Pesquisadores descobrem lagarto que cria bolha para respirar embaixo d'água-0

Pesquisadores descobriram uma curiosa estratégia de sobrevivência de um pequeno lagarto semi-aquático encontrado nas florestas tropicais da Costa Rica. O animal, conhecido como anole aquático, cria uma bolha de ar em torno das narinas enquanto está submerso para respirar e se proteger de predadores. Um estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico Biology Letters.

Importância adaptativa

Lindsey Swierk, pesquisadora da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, já havia observado o comportamento dos lagartos, que mergulham na água e usam uma bolha de ar ao redor da cabeça quando ameaçados. "Sabemos que eles podem ficar debaixo d'água por um bom tempo e que estão retirando oxigênio dessa bolha", afirmou.

Lagarto anole
Lagarto anole (Imagem: Lindsey Swierk/Universidade de Binghamton/Divulgação, via EurekAlert)

Para entender se essa bolha realmente auxilia na respiração ou é apenas um subproduto das propriedades da pele do lagarto, Swierk realizou um experimento cobrindo a pele dos animais com uma substância que impedia a formação das bolhas. Os resultados mostraram que os lagartos que conseguiam formar as bolhas ficavam submersos 32% mais tempo do que aqueles que não conseguiam.

Segundo Swierk, esse achado é importante porque, pela primeira vez, comprova-se a importância adaptativa das bolhas. "Suspeitávamos, mas agora temos evidências de que as bolhas permitem que os lagartos fiquem mais tempo debaixo d'água", disse ela. O estudo abre portas para novas investigações, como a possibilidade de que esses lagartos estejam usando as bolhas de ar de maneira semelhante a guelras físicas, um fenômeno observado em alguns insetos.

Fontes
Universidade de Binghamton, via EurekAlert
Imagens
Lindsey Swierk/Universidade de Binghamton/Divulgação, via EurekAlert