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Veneno de cobra brasileira possui molécula capaz de inibir o coronavírus

Novo estudo apresenta caminho promissor na busca por medicamentos para tratar a COVID-19
Por History Channel Brasil em 24 de Agosto de 2021 às 20:44 HS
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Pesquisadores brasileiros identificaram no veneno da cobra jararacuçu um pedaço de proteína (peptídeo) capaz de conter a reprodução do novo coronavírus. Em testes realizados em laboratório, os cientistas observaram que a molécula inibiu em 75% a capacidade do vírus se multiplicar em células de macaco. O estudo, assinado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), foi publicado na revista científica Molecules.

Veneno contra o coronavírus

Ainda em fase preliminar, a pesquisa apresenta um caminho promissor na busca por medicamentos para tratar pacientes contaminados pela COVID-19. “Nós encontramos um peptídeo que não é tóxico para as células, mas que inibe a replicação do vírus. Com isso, se o composto virar um remédio no futuro, o organismo ganharia tempo para agir e criar os anticorpos necessários, já que o vírus estaria com sua velocidade de infecção comprometida e não avançaria no organismo”, afirmou Eduardo Maffud Cilli, professor do Instituto de Química da Unesp e um dos autores do trabalho. 

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Os pesquisadores também irão avaliar a eficiência de diferentes dosagens da molécula, e se ela pode exercer funções de proteção na célula, o que poderia evitar, inclusive, a invasão do vírus no organismo. De acordo com Maffud, os estudos vão prosseguir com a identificação de outros alvos em que esse peptídeo pode agir. O passo seguinte envolve o melhoramento da atividade dessa molécula para, então, serem feitos testes em cobaias, como camundongos.

A jararacuçu (Bothrops jararacussu) é uma cobra venenosa da família dos viperídeos. Podendo alcançar até dois metros de comprimento, o réptil possui coloração dorsal variável entre cinza, rosa, amarelo, marrom ou preto, com manchas triangulares marrom-escuras. Além do Brasil, a serpente também pode ser encontrada na Bolívia, Paraguai e Argentina. 

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Fontes: Unesp e Agência Brasil

Imagens: iStock e Bruno Corrá/Prefeitura de Sorocaba/Reprodução