Inicio

Vida após a morte: instituição dos Estados Unidos investiga a fundo a reencarnação

Focada no estudo de crianças que afirmam lembrar de encarnações passadas, a divisão já registrou mais de 2.500 casos
Por History Channel Brasil em 23 de Janeiro de 2025 às 13:08 HS
Vida após a morte: instituição dos Estados Unidos investiga a fundo a reencarnação-0

Na cidade de Charlottesville, nos Estados Unidos, uma equipe de cientistas dedica-se a investigar um dos maiores mistérios da humanidade: a possibilidade de que a consciência sobreviva à morte. Na Divisão de Estudos Perceptivos (DOPS), vinculada à Universidade de Virginia, pesquisadores analisam relatos de crianças que afirmam lembrar de vidas passadas, levantando questões sobre reencarnação e comunicação pós-morte. Recentemente, essa instituição peculiar foi tema de uma longa reportagem publicada no New York Times.

Relatos de lembranças

Fundada em 1967 pelo psiquiatra Ian Stevenson, a DOPS já registrou mais de 2.500 casos ao redor do mundo. Após sua morte, em 2007, o trabalho foi continuado por outros cientistas, como Jim Tucker, que liderou a divisão até sua aposentaria, há poucos meses.

Os pesquisadores da DOPS desenvolveram um protocolo de estudo focado especificamente em crianças menores de dez anos. Em depoimento ao New York Times, Tucker disse que os casos mais fortes se encontram em crianças menores de 10 anos, sendo que a maioria dos relatos ocorre entre os 2 e 6 anos. Algumas delas afirmam que lembram nomes, locais e eventos históricos com detalhes que surpreendem até os pesquisadores. Em muitos casos, as lembranças começam a desaparecer à medida que elas crescem.

A equipe mantém um ceticismo saudável, especialmente em casos que envolvem personalidades históricas famosas. Seu enfoque é baseado na documentação de memórias espontâneas, descartando técnicas controversas, como a regressão hipnótica, e priorizando a verificação objetiva dos detalhes fornecidos.

As famílias que procuram a DOPS não buscam publicidade; ao contrário, muitas temem o escrutínio público. Os pesquisadores, cientes dessas preocupações, mantêm uma abordagem compreensiva, mas objetiva, reconhecendo que essas experiências, independentemente de sua origem, têm um impacto real na vida daqueles que as vivenciam.

Apesar de ser uma área de pesquisa controversa, a DOPS segue avançando graças ao financiamento privado. O trabalho da divisão continua a atrair tanto ceticismo quanto fascínio, mantendo viva a discussão sobre a possibilidade de que a consciência ultrapasse as barreiras da morte.

Fontes
New York Post
Imagens
istock