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Vídeo: Cientistas criam simulação mais realista de Sagitário A*, o buraco negro da Via Láctea

Projeto ajuda a entender melhor o comportamento do objeto cósmico situado a 25.800 anos-luz da Terra
Por History Channel Brasil em 08 de Julho de 2022 às 22:18 HS
Vídeo: Cientistas criam simulação mais realista de Sagitário A*, o buraco negro da Via Láctea-0

O Sagittarius A* é um buraco negro supermassivo localizado no centro da Via Láctea. Situado a 25.800 anos-luz da Terra, o gigante fascina pesquisadores há décadas. Agora uma equipe de cientistas produziu um vídeo impressionante que simula o comportamento do objeto cósmico.

A experiência foi fruto do trabalho combinado de três pesquisadores que estudam diferentes propriedades de buracos negros. Após anos de dedicação, Lena Murchikova, Chris White e Sean Ressler geraram o modelo mais preciso do comportamento de Sagitário A*. O vídeo combina a simulação detalhada do movimento do gás ao redor do buraco negro com observações reais da estrutura (cuja primeira imagem direta foi divulgada há alguns meses).

"Os buracos negros são os guardiões de seus próprios segredos. Para entender melhor esses objetos misteriosos, contamos com observação direta e modelagem de alta resolução", explicou Lena Murchikova, do Instituto de Estudos Avançados, responsável pela simulação. O projeto foi detalhado em um estudo no periódico científico The Astrophysical Journal Letters.

“O resultado acabou sendo muito interessante”, explicou Murchikova. “Durante muito tempo, pensamos que poderíamos desconsiderar amplamente de onde vinha o gás ao redor do buraco negro. Modelos típicos imaginam um anel artificial de gás, em forma de rosquinha, a uma grande distância do buraco negro. Descobrimos que esses modelos produzem padrões de cintilação inconsistentes com as observações”, completou.

Buraco negro

“Quando estudamos a cintilação, podemos ver mudanças na quantidade de luz emitida pelo buraco negro segundo a segundo, fazendo milhares de medições ao longo de uma única noite”, explicou White. “No entanto, isso não nos diz como o gás está organizado no espaço, como faria uma imagem em grande escala. Ao combinar esses dois tipos de observações, é possível mitigar as limitações de cada um, obtendo assim a imagem mais autêntica”, afirmou.

Fontes
Institute for Advanced Study
Imagens
iStock