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Análise da múmia do "menino de ouro" revela presença de 49 amuletos escondidos

Garoto foi enterrado há 2300 anos com uma máscara dourada, língua de ouro e artefatos que tinham o objetivo de garantir sua ressurreição
Por History Channel Brasil em 24 de Janeiro de 2023 às 12:02 HS
Análise da múmia do "menino de ouro" revela presença de 49 amuletos escondidos-0

Em 1916, arqueólogos fizeram uma incrível descoberta relacionada ao Antigo Egito. Durante escavações em uma necrópole em Nag el-Hassay, eles encontraram um luxuoso sarcófago que continha a múmia do "menino de ouro". Agora, exames de tomografia computadorizada revelaram segredos a respeito desse membro da alta sociedade egípcia que viveu há cerca de 2300 anos, durante o Período Ptolomaico.

Vida após a morte

Segundo os pesquisadores, a análise da múmia oferece um olhar singular a respeito das antigas crenças egípcias sobre a vida após a morte. A tomografia computadorizada revelou que ele foi enterrado com nada menos que 49 amuletos que tinham o objetivo de garantir sua ressurreição. Entre os artefatos, estavam o Olho de Hórus, um escaravelho, o Nó de Ísis, entre outros. Muitas peças eram feitas de ouro, enquanto algumas foram confeccionadas com pedras semipreciosas, argila cozida ou cerâmica.

Sarcófago do menino de ouro
Sarcófago do menino de ouro

A múmia foi colocada dentro de dois caixões, um externo com uma inscrição grega e um sarcófago interno de madeira. Por dentro, o menino usava uma máscara dourada sobre a cabeça, uma língua de ouro na boca, uma cartonagem peitoral que cobria a frente do tronco e um par de sandálias. A tomografia computadorizada revelou que, além do coração, as vísceras foram retiradas por meio de uma incisão, enquanto o cérebro foi retirado pelo nariz e substituído por resina.

A tomografia computadorizada mostrou ainda que o menino tinha 1,28 cm de altura, não era circuncidado e provavelmente morreu de causas naturais. Pelo grau de fusão óssea e pelos dentes do siso não irrompidos, os autores estimam que o menino tinha entre 14 e 15 anos. Seus dentes eram bons, sem evidência de cárie, perda dentária ou doença periodontal. O estudo, de autoria de pesquisadores da Universidade do Cairo, foi publicado na revista Frontiers in Medicine.

Fontes
Frontiers in Medicine, via EurekAlert
Imagens
Ministério das Antiguidades do Egito/Divulgação