Arqueólogos encontram 12 mãos decepadas em palácio do Antigo Egito
Arqueólogos se surpreenderam ao encontrar 12 mãos decepadas nas ruínas de um palácio egípcio. Trata-se da primeira evidência física descoberta de uma prática cruel do Antigo Egito conhecida como "ouro de honra". Até hoje, essa tradição (que consistia no desmembramento público de guerreiros inimigos) só era conhecida por meio de inscrições em tumbas milenares.
Palácio dos hicsos
Segundo os pesquisadores, as mãos foram depositadas em poços que ficavam em frente à sala do trono de um palácio construído pelos hicsos entre 1640 e 1530 a.C. Originário da Ásia ocidental, esse povo, que estabeleceu uma dinastia dominante no Egito, é creditado por ter introduzido o costume de cortar a mão direita dos soldados inimigos. Essa prática violenta foi mantida por governantes posteriores.
Pesquisadores alemães acreditam que as mãos foram amputadas de 11 homens adultos e uma mulher, possivelmente quando ainda estavam vivos. O local onde os membros decepados foram colocadas sugere que eles eram "destinadas a serem vistas". Exibidos em um local nobre do palácio, eles possivelmente serviam como um terrível aviso para os visitantes: é isso que acontece aos inimigos dos governantes.
A guerra entre os hicsos e os faraós egípcios culminou na derrota dos hicsos por Ahmose I. Fundador da 18ª dinastia, ele continuou o costume de cortar as mãos dos inimigos.