Arqueólogos encontram um palácio perdido e um templo lendário de 4.500 anos
Uma equipe de arqueólogos fez uma das descobertas da década ao se deparar com os restos de um palácio sumério de 4.500 anos e um importante templo no sul do atual Iraque. As ruínas das edificações foram encontradas na província de Dhi Qar, território em que antes se situava a cidade suméria de Girsu, importante centro administrativo da Mesopotâmia.
Templo Eninnu
Os pesquisadores usaram fotografias tiradas por drones para identificar os restos subterrâneos desse grande complexo anteriormente desconhecido no sítio arqueológico, situado na moderna cidade iraquiana de Tello. O templo Eninnu (que significa 'pássaro branco do trovão'), que já foi um dos locais de culto mais importantes de toda a Mesopotâmia, era conhecido pelos arqueólogos por ter sido citado em inscrições antigas.
No ano passado, arqueólogos descobriram as primeiras paredes de adobe do palácio dos reis sumérios. Lá, encontraram mais de 200 tabuletas cuneiformes que continham uma série de registros administrativos. Mais tarde, eles descobriram o santuário construído em homenagem ao deus sumério Ningirsu. “A descoberta do palácio e do templo perdidos tem um enorme potencial para nossa compreensão dessa importante civilização, lançando luz sobre o passado e informando sobre o futuro”, disse Hartwig Fischer, diretor do Museu Britânico (instituição que liderou as escavações).
Situada na Suméria, Girsu é considerada uma das cidades mais antigas no mundo. Entre os anos 3.500 e 2.000 a.C., os sumérios inventaram a escrita, construíram as primeiras cidades e criaram os primeiros códigos de lei.