Cientistas reconstroem o rosto de mulher da Idade do Bronze que viveu há 4.200 anos
Pesquisadores reconstruíram o rosto de uma mulher que viveu há cerca de 4.200 anos, na Idade do Bronze. Seus restos mortias foram descobertos em 1997 na pedreira Upper Largie, localizada na área de Kilmartin Glen, na Escócia, Reino Unido. O trabalho de reconstrução foi feito pelo artista forense Oscar Nilsson e está sendo exibido no Museu Kilmartin, na cidade escocesa de Lochgilphead.
O exame do esqueleto e dos dentes da mulher, que foi encontrada em posição agachada em uma tumba com revestimento de pedra, indicou que ela provavelmente tinha entre vinte e trinta anos de idade e havia passado por episódios de doença ou desnutrição em sua vida. A datação por radiocarbono apontou que ela viveu entre os anos 2200 a.C. e 1500 a.C. Além disso, a análise dos isótopos de estrôncio e oxigênio em seus restos sugere que ela cresceu na região que hoje é a Escócia.
Reconstruction of a woman from Upper Largie, Scotland, 2000 BC, made by forensic artist O.D. Nilsson.
— Fake History Hunter (@fakehistoryhunt) September 3, 2023
She belonged to one of the first generations of the Beaker people immigrants arriving.
She was around 30 years old and had suffered from malnutrition. pic.twitter.com/xfiVAwbOm3
Infelizmente, não foi possível extrair o DNA da mulher, o que significa que sua origem étnica, bem como a cor de sua pele, olhos e cabelos, são desconhecidas. Nilsson, que vive na Suécia, explicou que teve que reconstruir o lado esquerdo do crânio da mulher a partir de uma varredura de tomografia computadorizada, pois estava bastante fragmentado. Ele também teve que fazer especulações ao reconstruir a mandíbula que estava faltando.
Pelos fragmentos de cerâmica encontrados na tumba da da mulher, os pesquisadores acreditam que ela pertencia à cultura do vaso campaniforme. Essa cultura teve origem na Europa Central, e seus antepassados eram da estepe euroasiática. No Reino Unido, essa cultura se estabeleceu por volta de 2400 a.C. e substituiu muitas das comunidades existentes na região naquela época, incluindo as culturas neolíticas que haviam construído monumentos como Stonehenge.