Estudo sugere que Cristóvão Colombo era espanhol e de origem judaica
Pesquisadores na Espanha afirmam ter esclarecido duas questões antigas envolvendo Cristóvão Colombo: a autenticidade dos seus supostos restos mortais enterrados na Catedral de Sevilha e a verdadeira origem do navegador. O estudo aponta que o navegador não teria nascido em Gênova, na Itália, como se acreditava. Os resultados foram apresentados no documentário "DNA de Colombo, sua Verdadeira Origem", na emissora espanhola RTVE.
Origem judaica
Segundo um novo estudo genético conduzido por cientistas espanhóis, Colombo provavelmente nasceu na Europa Ocidental, possivelmente em Valência, e pode ter sido de origem judaica. A pesquisa sugere que ele ocultou sua identidade religiosa ou se converteu ao catolicismo para escapar da perseguição contra os judeus.
As conclusões desafiam a teoria de que Colombo teria nascido em Gênova, em 1451. O explorador liderou a expedição financiada pelos Reis Católicos da Espanha que buscava uma nova rota para a Ásia, mas que, ao final, desembarcou no Caribe.
O estudo, conduzido por José Antonio Lorente, professor de medicina forense da Universidade de Granada, e o historiador Marcial Castro, começou em 2003 com a exumação dos supostos restos de Colombo na Catedral de Sevilha. Amostras de DNA também foram coletadas dos ossos de seu filho Hernando e de seu irmão Diego, indicando que o material genético é compatível com uma herança judaica espanhola ou sefardita. "Os dados são quase absolutamente confiáveis", afirmou Lorente.
Colombo morreu em Valladolid, na Espanha, em 20 de Maio de 1506, mas por volta de 1510, os restos mortais do navegador teriam sido levados para Sevilha. Em 1523, o corpo foi transferido para a ilha de Hispaniola (no Caribe), onde Colombo havia declarado que gostaria de ser enterrado. Ali permaneceu, na Catedral de Santo Domingo, até 1723, tendo depois sido transportado para Havana, onde ficou até 1898. Depois disso, os ossos foram levados novamente para Sevilha.