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Fósseis de monstro marinho da época dos dinossauros são encontrados no Marrocos

Animal, que tinha dentes semelhantes a adagas afiadas, viveu há cerca de 66 milhões de anos
Por History Channel Brasil em 07 de Março de 2024 às 13:05 HS
Fósseis de monstro marinho da época dos dinossauros são encontrados no Marrocos-0

Paleontólogos encontraram no Marrocos os fósseis de uma estranha espécie de lagarto marinho que viveu perto do final da era dos dinossauros. Batizado de Khinjaria acuta, o animal tinha dentes em forma de adaga e habitou os mares há cerca de 66 milhões de anos. Um estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico Cretaceous Research.

Mandíbulas poderosas

O Khinjaria acuta tinha aproximadamente o tamanho de uma orca (entre 7 e 8 metros) e era membro da família Mosasauridae, ou mosassauros. Esses animais não eram dinossauros, mas lagartos marinhos gigantes, parentes dos atuais dragões de Komodo e sucuris. Os mosassauros eram os "reis dos oceanos" durante a era em que viveram dinossauros como os tiranossauros e os tricerátopos.

Fósseis de Khinjaria acuta
Fósseis de Khinjaria acuta (Imagem: Universidade de Bath/Divulgação, via EurekAlert

Segundo os pesquisadores, o Khinjaria tinha mandíbulas poderosas e dentes longos para agarrar suas presas. Ele fazia parte de uma fauna diversificada de predadores que habitava o Oceano Atlântico, na costa de Marrocos. “Esta foi uma das faunas marinhas mais diversas vistas em qualquer lugar, em qualquer época da história, e existiu pouco antes da extinção dos répteis marinhos e dos dinossauros”, afirmou Nick Longrich, líder do estudo e pesquisador do Departamento de Ciências da Vida e do Centro Milner para Evolução da Universidade de Bath, no Reino Unido.

O estudo é baseado em um crânio e partes do esqueleto coletados em uma mina de fosfato a sudeste de Casablanca. "Os fosfatos de Marrocos depositam-se num mar epicontinental raso e quente, sob um sistema de ressurgências; estas zonas são causadas por correntes de águas profundas, frias e ricas em nutrientes que sobem em direção à superfície, fornecendo alimento para um grande número de criaturas marinhas e, como resultado, sustentando muitos predadores. Esta é provavelmente uma das explicações para esta extraordinária paleobiodiversidade observada em Marrocos no final do Cretáceo”, disse Nathalie Bardet, pesquisadora do Museu Nacional de História Natural de Paris, na França.

Fontes
Universidade de Bath
Imagens
Andrey Atuchin/Universidade de Bath/Divulgação