Histórico: Encontrados os restos do maior mamífero que conviveu com os dinossauros
Cientistas fizeram uma descoberta incrível ao encontrar restos de um animal que habitava a Patagônia argentina há 66 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, trata-se do maior mamífero que conviveu com os dinossauros. Essa espécie previamente desconhecida, chamada de Patagomaia Chainko, foi descrita em um estudo publicado no periódico Scientific Reports.
Patagomaia Chainko
Nicolás Chimento, pesquisador do Museu Argentino de Ciências Naturais Bernardino Rivadavia e líder do estudo, disse que o Patagomaia Chainko era do tamanho de uma raposa e pesava cerca de 14 quilos, sendo consideravelmente maior do que a maioria dos mamíferos de sua era. Durante o Mesozoico, esses animais eram diminutos, com peso inferior a um quilo, comparável ao tamanho de um porquinho-da-índia ou de um rato.
(Imagem: Chimento, N. R.; Agnolín, F. L.; García-Marsà, J.; Manabe, M.; Tsuihiji, T.; Novas, F. E./Scientific Reports (CC BY 4.0 DEED), via Wikimedia Commons - https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.en)
“É um mamífero, um parente distante nosso (...) que conviveu com os dinossauros. Na época, havia mamíferos, de fato, eles se originaram quase ao mesmo tempo que os dinossauros, mas o que acontece? Os gigantes eram os dinossauros, então os mamíferos foram relegados a serem pequeninos. Geralmente encontramos os grandes ossos dos dinossauros, mas os de mamíferos são muito difíceis (de achar)”, disse Chimento.
O tamanho do Patagomaia sugere que ele poderia ser um predador de dinossauros pequenos. A descoberta também reforça a teoria de que os mamíferos no Hemisfério Sul atingiram tamanhos corporais relativamente grandes no final do Cretáceo, alguns milhões de anos antes de seus parentes no Hemisfério Norte. Além disso, o estudo fornece dados fundamentais sobre a evolução dos mamíferos, especialmente aqueles que conviveram com os dinossauros.