Inicio

Marcas de cortes em mamute indicam presença mais antiga de humanos no Ártico

Acredita-se que o animal apresenta evidências de esquartejamento, indicando que nossa espécie estava na região há 39 mil anos
Por History Channel Brasil em 30 de Setembro de 2024 às 16:14 HS
Marcas de cortes em mamute indicam presença mais antiga de humanos no Ártico-0

Pesquisadores descobriram novas evidências que reforçam a presença humana no Ártico há cerca de 39 mil anos, após a análise de marcas de cortes no corpo de um mamute-lanoso, conhecido como Yuka. Isso sugere que o animal foi abatido por humanos, tornando-se a prova mais antiga dessa presença na região. Um estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico Journal of Archaeological Science: Reports.

Incisão de um metro

A jovem fêmea, que morreu quanto tinha entre seis e nove anos, foi encontrada em bom estado de preservação em 2010 no norte da Sibéria. Seu corpo congelou após cair em um lago, preservando-se de forma impressionante por milênios. Desde que foram descobertos, os restos têm sido alvo de estudos.

Análises iniciais revelaram que o corpo de Yuka ainda continha sangue líquido e que algumas de suas células mostravam sinais de atividade biológica. No entanto, foi a descoberta de cortes em sua pele, incluindo uma incisão de um metro em suas costas, que chamou a atenção dos cientistas.

Para determinar se esses cortes foram feitos por humanos ou animais, os pesquisadores realizaram experimentos com peles de vaca e de outro mamute. "Esses cortes têm certas características que claramente os distinguem de lesões causadas por animais", apontaram os cientistas, concluindo que foram feitos com ferramentas de pedra.

Com base no estado de preservação da pele, os pesquisadores afirmam que os cortes ocorreram logo após a morte do animal. Esses achados indicam que humanos pré-históricos desmembraram Yuka para obter carne, reforçando a tese de que ela representa a mais antiga evidência de presença humana na zona Ártica.

Fontes
IFLScience
Imagens
Cyclonaut (CC BY-SA 4.0), via Wikimedia Commons - https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.en