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Nova teoria pode explicar por que o Titanic colidiu com um iceberg e afundou

De acordo com a hipótese, uma ilusão de ótica causada por um fenômeno meteorológico teria provocado o naufrágio
Por History Channel Brasil em 01 de Junho de 2024 às 13:10 HS
Nova teoria pode explicar por que o Titanic colidiu com um iceberg e afundou-0

Mais de 110 anos após seu naufrágio, a história do Titanic continua despertando interesse e provocando debates apaixonados. O tema que mais traz controvérsia é o motivo pelo qual o navio afundou. Agora, surgiu uma nova teoria que poderia explicar o que realmente aconteceu.

Inversão térmica

De acordo com o historiador Tim Maltin, uma ilusão de ótica causada por um fenômeno meteorológico anormal pode ter desempenhado um papel vital na tragédia do Titanic. Isso aconteceu porque o navio teria navegado em direção a uma inversão térmica, que ocorre quando uma camada de ar frio desce e fica abaixo do ar mais quente. Nesse caso, o ar frio veio da corrente do Labrador ao longo da costa canadense, e o ar mais quente veio da corrente do Golfo.

Segundo os pesquisadores, inversões térmicas podem causar várias miragens, incluindo a chamada "fata morgana", na qual navios podem parecer flutuar acima do horizonte. No caso do Titanic, a teoria sugere que o fenômeno provocou uma miragem que criou um falso horizonte acima do verdadeiro. Maltin, que já havia escrito um livro levantando essa hipótese, encontrou nos arquivos do jornal The Times depoimentos de sobreviventes do Titanic que reforçam essa possibilidade para explicar o acidente.

Ao nível do mar, a luz se curva sobre o horizonte verdadeiro. Mas, em altitudes maiores, como no ninho de corvo do Titanic (plataforma instalada no mastro a 30 metros de altura), a lacuna entre os horizontes verdadeiro e falso pode parecer uma névoa. Portanto, a tripulação de vigia que estava no alto não teria sido capaz de ver o iceberg até que fosse tarde demais, pois ele estaria obscurecido pela névoa. 

"Embora a alta pressão tenha mantido o ar incomumente claro, a distância anormalmente longa até o horizonte fez com que a luz fosse espalhada pelas moléculas no caminho da visão, criando uma névoa causada pela dispersão da luz", disse Maltin. "E com o iceberg vindo diretamente em direção aos vigias, isso infelizmente significava que ele estava muito mais próximo (do que parecia) antes de ter sido avistado", completou.

Fontes
The Times, Metro e LadBible
Imagens
Domínio Público, via Wikimedia Commons