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Reviravolta: Dinossauros podem ter se originado na Amazônia, aponta estudo

Novo modelo sugere que esses animais pré-históricos surgiram em áreas hoje pouco exploradas por pesquisadores
Por History Channel Brasil em 25 de Janeiro de 2025 às 16:05 HS
Reviravolta: Dinossauros podem ter se originado na Amazônia, aponta estudo-0

Pesquisadores propõem que os primeiros dinossauros possam ter surgido em regiões equatoriais do antigo supercontinente Gondwana, que incluíam partes da Amazônia, da Bacia do Congo e do Deserto do Saara. Essa hipótese contrasta com a localização dos fósseis mais antigos conhecidos, encontrados na Argentina, sul do Brasil e Zimbábue, e sugere uma origem ainda mais remota no tempo. um estudo sobre o tema foi publicado na revista Current Biology.

Ambiente quente e árido

"Os dinossauros são bem estudados, mas ainda não sabemos realmente de onde vieram. O registro fóssil tem lacunas tão grandes que não pode ser aceito literalmente", explicou Joel Heath, principal autor do estudo e pesquisador da University College London (UCL) e do Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra. Segundo ele, os dinossauros podem ter se originado em um ambiente quente e árido, composto por áreas de deserto e savana, ainda pouco acessadas para pesquisas.

Os modelos usados no estudo consideraram fósseis e árvores evolutivas de dinossauros e seus parentes répteis, além da geografia do período. O trabalho também destaca que os primeiros dinossauros eram pequenos, bípedes e provavelmente onívoros, em contraste com seus parentes répteis maiores, como os ancestrais dos crocodilos e os pterossauros, que podiam atingir tamanhos gigantescos.

"Nossos resultados sugerem que os primeiros dinossauros podem ter sido bem adaptados a ambientes quentes e áridos. Um dos grupos, os saurópodes, parece ter mantido a preferência por climas quentes, enquanto os terópodes e ornitísquios possivelmente desenvolveram adaptações para viver em regiões mais frias milhões de anos depois, no período Jurássico", acrescentou Philip Mannion, coautor do estudo.

Fontes
University College London
Imagens
istock