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"Múmia de sereia" encontrada no século XVIII é investigada por pesquisadores

Criatura estranha teria sido capturada por uma rede de pescadores no Japão
Por History Channel Brasil em 11 de Março de 2022 às 11:23 HS
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Pesquisadores estão investigando um estranho artefato no Japão. Trata-se da suposta múmia de uma sereia que teria sido capturada por uma rede de pescadores entre os anos de 1736 e 1741 na região japonesa de Kochi. De acordo com a lenda, quem provar da sua carne, se torna imortal.

Lendas de sereias no Japão

Nos últimos 40 anos, a "múmia" tem sido exposta em um templo na cidade de Asakuchi, onde é objeto de adoração. Na parte superior do corpo, a criatura apresenta cabeça com cabelo, tronco, duas mãos que se estendem em direção ao rosto, além de restos de dentes afiados e pontudos em sua boca. Já a parte inferior é composta por um rabo de peixe (veja abaixo ou clicando aqui).

Agora, pesquisadores da Universidade Kurashiki estão submetendo os supostos restos mortais a exames de tomografia computadorizada. A hipótese mais provável é que a criatura seja composta por uma costura que une o torso de um macaco com a cauda de um peixe. Os cientistas também coletaram DNA da "sereia" para descobrir exatamente quais espécies foram usadas para confeccionar o artefato.

"As sereias japonesas têm uma lenda relacionada à imortalidade", disse Hiroshi Kinoshita, da Sociedade Folclórica de Okayama. "Dizem que se você comer a carne de uma sereia, nunca morrerá. Há uma lenda em muitas partes do Japão que uma mulher acidentalmente comeu a carne de uma sereia e viveu por 800 anos", afirmou ele em entrevista ao site Metro.

"Múmia de sereia"

Múmias parecidas já foram investigadas no passado, tanto no Japão quanto em outros lugares do mundo (como as que aparecem na imagem que abre este texto e na foto acima) . Nenhuma delas se provou autêntica. Os resultados dos exames da sereia de Asakuchi devem ser publicados até o final de 2022.

Fontes
Metro, IFLScience e Live Science
Imagens
Daderot, via Wikimedia Commonse Wellcome collections, via Wikimedia Commons