Óvnis no Brasil: Arquivo Nacional guarda documentos surpreendentes
Subordinado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Arquivo Nacional tem a função de guardar, preservar, dar acesso e divulgar documentos públicos e privados brasileiros. Curiosamente, um dos temas mais pesquisados no site do órgão são os avistamentos de objetos voadores não identificados no Brasil. São milhares de páginas arquivadas no chamado "Fundo Óvni".
Óvni no Rio de Janeiro
O órgão disponibiliza mais de 700 documentos digitalizados, entre relatórios, depoimentos, fotos, formulários preenchidos, notícias da imprensa, vídeos e áudios. Lá, o usuário tem à sua disposição uma gama de conteúdo, que vai desde relatos de pessoas que avistaram objetos voadores não identificados até relatos de viagens em naves interplanetárias.
O documento mais antigo é de 1952 e relata um caso registrado no Rio de Janeiro. Em 7 de maio daquele ano, um repórter e um fotógrafo da revista O Cruzeiro, a mais popular do país na época, teriam conseguido tirar cinco fotografias de um suposto disco voador numa praia deserta na Barra da Tijuca. Décadas mais tarde, foi provado que as imagens haviam sido fraudadas.
Operação Prato e Noite Oficial dos Óvnis
O Arquivo Nacional também preserva documentos a respeito de casos ufológicos brasileiros que se tornaram populares, como a "Operação Prato". Essa investigação, que aconteceu entre 1977 e 1978, averiguou relatos de aparições de objetos voadores não identificados que teriam acontecido no Pará. Uma equipe de militares investigou ao menos 130 relatos envolvendo luzes misteriosas na região da ilha de Colares. Até hoje o caso é envolto em mistério e acredita-se que nem todos os documentos a seu respeito tenham sido liberados à consulta pública (apesar de a Aeronáutica afirmar que entregou todo o material disponível ao Arquivo Nacional).
Outro caso famoso que está presente nos documentos do Arquivo Nacional é o da chamada "Noite Oficial dos Óvnis". Em 19 de maio de 1986, 21 pontos luminosos foram avistados no céu de São José dos Campos (SP). Horas depois, foi a vez do radar de Anápolis, em Goiás, apontar os objetos não identificados. Temendo pela segurança nacional, autoridades ordenaram que cinco caças armados decolassem de bases aéreas para averiguar a situação.
As aeronaves perseguiram os óvnis durante quatro horas. Segundo relatos dos pilotos, os objetos ultrapassavam em muito a velocidade dos caças brasileiros e faziam manobras bastante peculiares. "(...) o alvo manobrava em ziguezague e a distância ora mantinha-se constante, ora diminuía ou acelerava", diz um documento assinado por um dos pilotos.
Na época, o Ministério da Aeronáutica convocou uma entrevista coletiva para tratar sobre o caso. Logo depois, o órgão produziu um dossiê que foi mantido sob sigilo por quase 30 anos. O documento, que reúne depoimentos das testemunhas, concluiu que “os fenômenos eram sólidos e refletem de certa forma inteligências, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores”. Até hoje o caso é considerado inconclusivo.