Astrônomos descobrem uma segunda lua orbitando a Terra
Em 15 de fevereiro deste ano, astrônomos do programa de monitoramento Catalina Sky Survey, gerenciado pela NASA, descobriram um asteroide que orbita a Terra há três anos. Chamado de 2020 CD3, essa possível "minilua" tem um diâmetro de cerca de 3 metros (o tamanho aproximado de um automóvel).
Kacper Wierzchos e Teddy Pruyne, astrônomos responsáveis pela descoberta, explicaram que o pequeno corpo celeste foi capturado temporariamente pela gravitação terrestre. Segundo eles, isso representa uma verdadeira raridade. "O motivo pelo qual os TCOs (sigla em inglês para objetos temporariamente capturados) são tão raros é que é preciso um vetor muito preciso para que ele seja puxado pela força gravitacional da Terra sem colidir ou voar em uma nova direção", disse Pruyne.
Poucos dias depois da descoberta, pesquisadores do Observatório Internacional Gemini, no Havaí, conseguiram fazer a primeira imagem em cores do objeto. De acordo com o astrônomo Grigori Fedorets, ele pode ter origem rochosa natural, mas há a possibilidade que se trate de algo que os humanos colocaram no espaço décadas atrás, ou seja, lixo espacial. "De qualquer maneira, é um objeto muito interessante que precisa de mais análises para que possamos definir a sua natureza", disse o cientista.
O objeto deve abandonar a órbita terrestre em abril para continuar sua viagem pelo sistema solar. Caso se comprove que se trate de um objeto natural, como um asteroide, é apenas a segunda vez que um satélite rochoso é descoberto (fora a Lua). O objeto observado anteriormente, batizado de 2006 RH120, era uma rocha espacial que orbita o Sol e se aproxima da Terra a cada 20 anos, aproximadamente. Ela orbitou a Terra de junho de 2006 até setembro de 2007, quando foi "ejetada".
Fontes: CNN e IFLSCience
Imagens: Shutterstock.com e NSF‘s National Optical-Infrared Astronomy Research Laboratory/Reprodução