NASA lança missão que poderá descobrir se há vida em uma lua de Júpiter

A sonda Europa Clipper, da NASA, foi lançada nesta segunda-feira (14/10) do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, utilizando um foguete Falcon Heavy, da SpaceX. A missão tem como objetivo explorar Europa, uma das luas de Júpiter, que possui uma crosta de gelo sob a qual pode existir um oceano, aumentando as expectativas sobre a possibilidade de vida fora da Terra. A espaçonave fará 49 sobrevoos da superfície lunar, chegando a apenas 25 quilômetros de altitude.

Potencial de vida

Inicialmente previsto para 10 de outubro, o lançamento havia sido adiado devido aos efeitos do furacão Milton. A espaçonave, que com seus painéis solares abertos atinge a envergadura de 30,5 metros, fará uma longa viagem de 2,9 bilhões de quilômetros até Júpiter, passando por Marte e pela Terra para ganhar impulso.

A journey of 1.8 billion miles is about to begin.

All about NASA's #EuropaClipper mission to explore Jupiter's intriguing moon Europa: https://t.co/KX1yfEbiNu

Launch is slated for Monday, Oct. 14. Here's how to watch: https://t.co/x4XNEuvd7U pic.twitter.com/qkUkVq39pT

— NASA Europa Clipper (@EuropaClipper) October 13, 2024

A chegada à órbita de Júpiter está prevista para abril de 2030, e em 2031 começam os sobrevoos científicos em Europa. "Enquanto não é uma missão para detectar vida, a sonda nos dirá se Europa é um lugar promissor para investigar a questão fundamental: estamos sozinhos?", diz um comunicado da NASA. Estudos anteriores sugerem que sob a superfície gelada da lua há mais água líquida do que nos oceanos da Terra, além de compostos orgânicos, essenciais para a vida.

A espaçonave transporta nove instrumentos científicos e mais de 2,7 toneladas de combustível. A missão buscará determinar a espessura da camada de gelo, investigar a composição de Europa e caracterizar sua geologia. O objetivo é entender melhor o potencial astrobiológico de mundos habitáveis além da Terra.

Após a decolagem, a sonda abrirá seus painéis solares e será preparada para sua configuração operacional. Os primeiros meses serão dedicados a verificações técnicas para garantir o funcionamento correto de todos os sistemas, dando início a uma das missões mais ambiciosas da NASA em busca de respostas sobre a possibilidade de vida em outras partes do universo.