Astrônomos encontram gigantesco "cemitério de estrelas" na Via Láctea
Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, encontraram um "cemitério estelar" na Via Láctea. Em um novo estudo, eles mapearam esse “submundo galáctico” pela primeira vez, registrando “cadáveres” de sóis massivos que se transformaram em buracos negros e estrelas de nêutrons após morrerem. Segundo os cientistas, essa "necrópole espacial" tem três vezes a altura da nossa galáxia.
Supernovas
Estrelas de nêutrons e buracos negros são formados quando estrelas massivas (mais de oito vezes maiores que o nosso Sol) esgotam seu combustível e entram em colapso. Isso desencadeia uma reação descontrolada que resulta em uma supernova titânica que precede a morte estelar. Após essa explosão, elas se transformam nesses "cadáveres".
Embora bilhões de estrelas tenham morrido desde que a galáxia era jovem, seus "corpos" foram lançados na escuridão do espaço pela supernova que os criou, escapando da vista dos astrônomos. Agora, ao recriar cuidadosamente o ciclo de vida completo das antigas estrelas mortas, os pesquisadores construíram o primeiro mapa detalhado mostrando onde estão seus restos mortais. “Esses remanescentes compactos de estrelas mortas mostram uma distribuição e estrutura fundamentalmente diferentes da galáxia visível”, disse David Sweeney, principal autor do estudo.
Estrelas de nêutrons mais jovens e buracos negros são relativamente fáceis para os cientistas encontrarem, mas os pesquisadores disseram que os mais antigos são mais difíceis de localizar. “Foi como tentar encontrar o mítico cemitério de elefantes”, disse Peter Tuthill, coautor do estudo, referindo-se a um lugar para onde, segundo a lenda, esses animais vão na velhice para morrer sozinhos. “Os ossos dessas raras estrelas massivas tinham que estar lá fora, mas pareciam envoltos em mistério”, completou.