Inicio

Astrônomos  encontram um "planeta proibido" que não deveria existir

Batizado de Halla, ele normalmente teria sido destruído, pois orbita uma estrela gigante vermelha de modo muito próximo
Por History Channel Brasil em 30 de Junho de 2023 às 15:41 HS
Astrônomos  encontram um "planeta proibido" que não deveria existir-0

Astrônomos do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí encontraram um "planeta proibido" Batizado de Halla, ele normalmente teria sido destruído, pois orbita muito próximo de uma estrela gigante vermelha chamada Baekdu. Com 1,7 vezes a massa de Júpiter, esse astro que não deveria existir fica situado a cerca de 520 anos-luz da Terra.

Segundo os pesquisadores, Halla orbita a estrela Baekdu a uma distância de 68.815.020 quilômetros, cerca de metade da distância entre a Terra e o Sol. Os astrônomos acreditam que o planeta de alguma forma sobreviveu depois que sua estrela passou por uma expansão violenta que deveria ter destruído mundos próximos. Um estudo sobre a descoberta foi publicado na revista Nature. 

Planeta próximo de estrela

Existem três teorias principais para explicar a sobrevivência de Halla. A primeira é que Baekdu pode ter sido originalmente um sistema binário, semelhante ao planeta Tatooine, de Star Wars, que orbita dois sóis. A fusão dessas duas estrelas pode ter impedido que qualquer uma delas se expandisse o suficiente para engolir o planeta. Outra teoria sugere que Halla é um planeta de "segunda geração", formado a partir da colisão violenta entre as duas estrelas, resultando em uma nuvem de gás da qual o planeta se formou.

Por fim, os astrônomos consideram a possibilidade de que Halla seja um planeta recém-nascido, que conseguiu se formar em uma fase posterior da evolução da estrela Baekdu. "Há muito que ainda não entendemos sobre a formação de planetas em sistemas estelares binários. No entanto, essa descoberta abre caminho para a possibilidade de que mais planetas possam existir em torno de estrelas altamente evoluídas, graças às interações binárias", disse o astrônomo Marc Hon, líder do estudo.

Fontes
Universidade do Havaí, via EurekAlert, CNN e Space.com
Imagens
iStock