Inicio

Camada de ozônio apresenta recuperação recorde e pode voltar aos níveis normais

Novo estudo aponta redução significativa das substâncias responsáveis pela sua destruição
Por History Channel Brasil em 20 de Setembro de 2022 às 15:39 HS
Camada de ozônio apresenta recuperação recorde e pode voltar aos níveis normais-0

A camada de ozônio que envolve a Terra está se recuperando e pode ser totalmente restaurada em 50 anos. Essa é a conclusão de um novo estudo conduzido por pesquisadores da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA). A análise anual de amostras de ar coletadas em locais remotos ao redor do mundo mostra um declínio contínuo na concentração atmosférica de substâncias que destroem a camada.

Protocolo de Montreal

Segundo o estudo, em 2022 a concentração de substâncias que destroem a camada de ozônio foi reduzida em pouco mais de 50% em relação aos níveis observados antes de 1980. “É ótimo ver esse progresso”, disse Stephen Montzka, cientista sênior do Laboratório de Monitoramento Global da NOAA.  “Ao mesmo tempo, é um pouco embaraçoso perceber que a ciência ainda está longe de poder afirmar que a questão da destruição do ozônio está para trás”, completou.

Buraco na camada de ozônio

Essa reversão lenta, mas constante nas últimas três décadas foi alcançada devido ao Pacto de Montreal, acordo internacional criado para controlar a produção e o comércio de substâncias que destroem a camada da ozônio. Apesar desse progresso, o ritmo de redução das substâncias que destroem a camada de ozônio sobre a Antártida, onde um grande buraco surge anualmente, tem sido mais lento.

O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida foi um motivo de preocupação durante décadas. Isso porque essa camada protege a Terra contra os efeitos nocivos dos raios ultravioleta, irradiados pelo Sol. Sua deterioração poderia resultar em sérias consequências. O aparecimento desses buracos é um processo que ocorre naturalmente no polos: eles costumam aparecer e desaparecer. Mas na Antártida o buraco passou a crescer sem voltar a diminuir de tamanho. Descoberta em 1985, a anomalia alarmou os cientistas.

Fontes
NOAA e IFLScience
Imagens
NOAA/Divulgação