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Cientista afirma que as abelhas têm emoções e consciência

Lars Chittka diz que esses insetos são capazes de contar, reconhecer rostos humanos e aprender a usar ferramentas
Por History Channel Brasil em 10 de Agosto de 2022 às 18:31 HS
Cientista afirma que as abelhas têm emoções e consciência-0

As abelhas desempenham um papel fundamental no equilíbrio ambiental, sendo responsáveis pela polinização de quase três quartos das plantas produtoras de alimentos do mundo. Agora, um cientista defende que elas possuem grande inteligência, são sensíveis, apresentam certo estado de consciência e emoções. As conclusões de Lars Chittka, especialista em comportamento animal, foram publicadas em um estudo no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e no livro The Mind of a Bee ("A Mente de uma Abelha", em tradução livre).

Inteligência das abelhas

Segundo Chittka, a humanidade tem a obrigação ética de proteger esses pequenos insetos, não apenas por sua utilidade para a polinização e biodiversidade, mas também porque eles podem ser criaturas sencientes. “Nosso trabalho e o de outros laboratórios mostraram que as abelhas são realmente indivíduos altamente inteligentes. Que elas são capazes de contar, reconhecer rostos humanos e aprender o uso de ferramentas simples e conceitos abstratos”, disse o pesquisador, que é professor de Ecologia Sensorial e Comportamental na Universidade Queen Mary, em Londres.

Abelhas

Baseado em seus estudos, o cientista chegou à conclusão de que esses insetos podem fazer planos e até imaginar coisas. Além disso, elas teriam a capacidade de se reconhecer como entidades únicas, diferenciando-se das demais abelhas. O especialista afirma ainda que alguns dos insetos analisados eram mais curiosos e confiantes do que outros.

A equipe de Chittka também encontrou evidências de que as abelhas podem sentir dor. “Se os insetos podem sentir dor, os humanos têm a obrigação ética de não lhes causar sofrimento desnecessário", disse Matilda Gibbons, autora principal do estudo. "Mesmo criaturas em miniatura, como insetos, merecem nosso respeito e tratamento ético e o dever de minimizar o sofrimento deles sempre que possível”, completou Chittka.

Fontes
The Guardian e Universidade Queen Mary
Imagens
iStock