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Cientistas descobrem novo grupo sanguíneo e desvendam mistério de 50 anos

A pesquisa, que revelou a base genética do antígeno AnWj, facilitará o diagnóstico e o tratamento de pacientes raros
Por History Channel Brasil em 19 de Setembro de 2024 às 12:58 HS
Cientistas descobrem novo grupo sanguíneo e desvendam mistério de 50 anos-0

Cientistas britânicos descobriram um novo grupo sanguíneo, chamado MAL, solucionando um mistério de mais de 50 anos. A pesquisa revelou a base genética do antígeno AnWj, que até então era desconhecida. A descoberta, tema de um estudo publicado no periódico científico Blood, facilitará o diagnóstico e o tratamento de pacientes raros que não possuem esse grupo sanguíneo.

Compatibilidades cruciais

O sistema ABO e o fator Rh são os mais conhecidos, mas há outros grupos sanguíneos cujas compatibilidades são cruciais para a sobrevivência em transfusões. Pessoas com deficiência do antígeno AnWj podem sofrer reações graves se receberem sangue com esse marcador, o que torna a descoberta especialmente importante para evitar complicações transfusionais.

Bolsas de sangue

O antígeno AnWj foi identificado pela primeira vez em 1972, mas sua origem genética permaneceu um mistério até agora. Com a descoberta, o sistema sanguíneo MAL, o 47º conhecido pela ciência, foi oficialmente estabelecido, abrindo portas para a criação de testes genéticos que identificarão esses raros indivíduos de forma mais eficiente.

Embora a ausência do antígeno AnWj possa estar relacionada a certas doenças, a forma hereditária desse fenótipo negativo é extremamente rara, com pouquíssimos casos identificados até agora. No entanto, com a nova pesquisa, será possível detectar outros casos no futuro com maior precisão.

“O histórico genético do AnWj foi um mistério por mais de 50 anos e, pessoalmente, venho tentando resolver isso há quase 20 anos de minha carreira", afirmou Louise Tilley, pesquisadora do Laboratório Internacional de Referência para Grupos Sanguíneos do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha. "Este avanço ajudará a identificar esses doadores raros e a ajudar os pacientes no futuro”, completou Ash Toye, pesquisador da Universidade de Bristol.

Fontes
Universidade de Bristol
Imagens
istock