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Descoberto um titanossauro que viveu há 66 milhões de anos na Argentina

Dinossauro de pequeno porte media cerca de 6m de comprimento e pesava aproximadamente 7 toneladas
Por History Channel Brasil em 27 de Abril de 2024 às 13:05 HS
Descoberto um titanossauro que viveu há 66 milhões de anos na Argentina-0

Uma equipe de paleontólogos anunciou a descoberta dos fósseis de um titanossauro que habitou a Patagônia argentina há cerca de 66 milhões de anos, no final do período Cretáceo. Estima-se que esse dinossauro de pequeno porte alcançou um peso de cerca de 7 toneladas. Um estudo descrevendo a espécie, batizada de do Titanomachya gimenezi, foi publicado na revista científica Historical Biology.

Descoberta significativa

Durante as escavações na formação La Colonia, na província de Chubut, a equipe recuperou elementos dos membros anteriores e posteriores, bem como fragmentos de costelas e uma vértebra caudal. Agustín Pérez Moreno, bolsista de pós-doutorado do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) e líder do estudo, disse que o processo de extração foi meticuloso, envolvendo dez pessoas, que protegeram os restos com revestimento de tela de juta e gesso.

Titanomachya gimenezi
Escavações na formação La Colonia (Imagem: Vincent Brusca/CONICET (CC BY 2.5 AR DEED))

Em comparação com outros gigantes encontrados em Chubut, como o Patagotitan maiorum, que se estima ter medido quase 40 metros de comprimento, com um pescoço de 12 metros e um peso estimado de 70 toneladas, o T. gimenezi era menor, medindo cerca de 6 metros de comprimento. No entanto, ainda é uma descoberta significativa como o segundo dinossauro encontrado na formação La Colonia e o primeiro saurópode naquela área, pertencente ao grupo dos maiores vertebrados terrestres da história evolutiva, conhecidos por serem herbívoros.

O T. gimenezi habitou a Patagônia durante o Maastrichtiano, a última idade do período Cretáceo, que precedeu a extinção em massa. As reconstruções ambientais da formação La Colonia sugerem que, naquele momento, esses ambientes eram dominados por estuários ou lagoas costeiras. Nesse contexto, a variedade da flora incluía palmeiras, plantas aquáticas com flores e coníferas, proporcionando um habitat diversificado para esses dinossauros herbívoros.

Segundo os pesquisadores, o espécime exibe características únicas para um titanossauro do Cretáceo Superior. Os autores do estudo explicam que a morfologia do astrágalo, osso responsável por distribuir a força da tíbia no interior do pé, nunca foi vista em outros titanossauros. Este osso mostra características intermediárias entre as linhagens Colossosauria e Saltasauroidea, destacando sua importância evolutiva. 

Fontes
Conicet
Imagens
Gabriel Díaz Yantén/CONICET (CC BY 2.5 AR DEED) - https://creativecommons.org/licenses/by/2.5/ar