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Detectado enigmático objeto no espaço que emite sinais a cada 18 minutos

Um dos radiotelescópios mais sensíveis do mundo captou pulsações cuja fonte desconhecida intriga pesquisadores
Por History Channel Brasil em 14 de Fevereiro de 2022 às 20:52 HS
Detectado enigmático objeto no espaço que emite sinais a cada 18 minutos-0

A radioastrônoma Natasha Hurley-Walker e uma equipe de estudantes de pós-graduação estavam verificando as informações fornecidas por um dos mais poderosos radiotelescópios do planeta, quando descobriram algo para o qual ninguém ainda tem uma explicação. Eles detectaram uma onda de rádio que pulsava a partir do espaço com uma regularidade muito precisa: uma vez a cada 18 minutos e 18 segundos. Os pesquisadores ficaram surpresos, pois trata-se de “uma periodicidade incomum”. 

Fenômeno misterioso

A descoberta aconteceu durante um projeto abrangente de estudo do céu chamado GaLactic and Extragalactic All-Sky MWA eXtended.  O estranho fenômeno se estendeu no tempo durante cerca de três meses, entre janeiro e março de 2018, até desaparecer repentinamente.

Os astrônomos acreditam que o objeto de onde emanam as pulsações se encontra a 4 mil anos-luz da Terra, e que pode se tratar de uma anã branca, ou seja, uma estrela pequena e quente que possui um campo magnético ultrapoderosos. Outra hipótese diz que talvez a fonte seja um magnetar, ou seja uma estrela de nêutrons com similares características magnéticas.  Eles abordaram o tema em um estudo publicado no periódico científico Nature.

Anã branca
Anã branca



“Ao medir a dispersão dos pulsos de rádio com respeito à frequência, localizamos a fonte dentro de nossa própria galáxia, e sugerimos que possa ser um magnetar de período ultralongo”, afirmam os astrônomos na publicação, esclarecendo que, mesmo se essa for a explicação, ainda seria um fenômeno incomum e surpreendente. 

Sobre a hipótese de um magnetar, Hurley-Walker afirma que, “de alguma maneira, está transformando a energia magnética em ondas de rádio de forma muito mais eficaz que tudo que já vimos antes”. Ela compara o objeto com o registro de uma anã branca situada 10 vezes mais próxima da Terra, e 100 vezes mais fraca que o objeto estudado.  Os pesquisadores continuarão a investigar o fenômeno para descobrir se trata-se de um comportamento incomum apresentado por objetos conhecidos ou se é algo completamente desconhecido pela ciência. 

Fontes
NBC
Imagens
iStock e NASA