Fóssil de aranha de 300 milhões de anos intriga pesquisadores
Paleontólogos ficaram intrigados com a descoberta do fóssil de uma aranha pré-histórica em Illinois, nos Estados Unidos. A espécie previamente desconhecida, batizada de Douglassarachne acanthopoda, viveu há cerca de 308 milhões de anos. O estudo sobre a descoberta foi publicado no Journal of Paleontology.
Diferente de outros aracnídeos
Os pesquisadores ficaram surpresos porque o corpo da Douglassarachne acanthop apresenta características desconhecidas. "Este aracnídeo compacto tinha um comprimento corporal de cerca de 1,5 centímetros e se caracterizava por suas pernas notavelmente robustas e espinhosas — de tal forma que é bastante diferente de qualquer outro aracnídeo conhecido, vivo ou extinto", afirmou Paul Selden, pesquisador da Universidade do Kansas e líder do estudo.
Há mais de 300 milhões de anos, havia muitos aracnídeos vivendo nas florestas de carvão da América do Norte. "As aranhas eram um grupo bastante raro, conhecidas na época apenas por linhagens primitivas, e compartilhavam esses ecossistemas com vários aracnídeos que há muito tempo se extinguiram", disse Jason Dunlop, coautor do estudo e pesquisador do Museum für Naturkunde, na Alemanha. "A Douglassarachne acanthopoda é um exemplo particularmente impressionante de uma dessas formas extintas. As pernas muito espinhosas do fóssil lembram alguns opiliões modernos, mas seu plano corporal é bastante diferente", completou Dunlop.
"Infelizmente, detalhes como as partes da boca não podem ser vistos, o que dificulta dizer exatamente a qual grupo de aracnídeos são seus parentes mais próximos", disse Selden. Os pesquisadores especulam que a espécie pode pertencer a um grupo mais amplo, que inclui aranhas, aracnídeos-chicote e escorpiões-chicote.