IA "revive" os mortos: conheça o novo negócio da "ressurreição digital"
A "ressurreição digital" está se tornando uma indústria próspera na China. Por meio da Inteligência Artificial, um número crescente de cidadãos do país está tentando transformar os seus familiares falecidos em clones digitais. Estima-se que o tamanho do mercado dos chamados “seres humanos digitais” ultrapasse os 6 bilhões de dólares até 2025.
Tecnologia controversa
Zhang Zewei, fundador da empresa de Inteligência Artificial Super Brain, revelou que já foram atendidos mais de mil pedidos de “ressurreição”. O processo para trazer os entes queridos "de volta" se baseia em fotografias e vídeos que são usados por uma IA para reproduzir a imagem, a voz e até mesmo o comportamento de uma pessoa falecida.
Segundo o veículo chinês Global Times, a tecnologia ganhou destaque na China depois que o músico Tino Bao revelou ao público sua filha "ressuscitada" por meio de Inteligência Artificial. Todos os dias, as empresas que fazem este trabalho recebem pedidos de novas “ressurreições”. Mas a técnica também está envolta em controvérsias.
Recentemente, um videoblogger usou a IA para "ressuscitar" artistas falecidos sem obter permissão das suas famílias. O pai de um ator chinês que já morreu pediu que o vídeo fosse removido, pois as imagens reabriram suas antigas feridas emocionais. “É uma faca de dois gumes que oferece aos usuários uma experiência imersiva muito boa, mas também pode trazer enormes problemas ocultos”, disse Zhu Ru, fundador de uma empresa de tecnologia que "clonou" sua própria mãe adoentada enquanto ela ainda estava viva.