NASA pode estar perto de descobrir a origem de sinais misteriosos vindos do espaço
Cientistas podem estar perto de descobrir a origem dos misteriosos sinais vindos do espaço detectados com regularidade. Dois telescópios de raios X da NASA observaram uma rápida explosão de rádio ocorrer em tempo real dentro de nossa própria galáxia, observando os minutos antes e depois desse evento. Essa observação, relatada em um estudo publicado no periódico Nature, oferece pistas sobre o que estaria por trás do fenômeno.
Magnetar
Embora durem apenas uma fração de segundo, as rajadas rápidas de rádio podem liberar tanta energia quanto o Sol em um ano. A sua luz também forma um feixe semelhante a um laser, diferenciando-as de explosões cósmicas mais caóticas. Como essas explosões são tão breves, muitas vezes é difícil identificar de onde elas vêm.
Em 2020, uma dessas rajadas foi detectada pela primeira vinda da Via Láctea (anteriormente, cientistas apenas explosões vindas de outras galáxias haviam sido identificadas. A fonte do fenômeno foi um magnetar chamado SGR 1935+2154. O novo estudo revela mais sobre como esse tipo raro de estrela de nêutrons libera as rápidas rajadas de rádio.
Em 2022, os pesquisadores detectaram uma nova rajada e constataram que ela ocorreu entre duas “falhas”, quando o magnetar de repente começou a girar mais rápido. Além disso, os cientistas descobriram que antes da explosão rápida de rádio, o magnetar começou a emitir poderosos raios X e raios gama. Os pesquisadores ainda não sabem exatamente o que desencadeou o fenômeno, mas acreditam que ele pode estar relacionado com a estrutura do magnetar.
O exterior de um magnetar é sólido e a alta densidade comprime o interior em um estado chamado superfluido. Ocasionalmente, os dois podem ficar fora de sincronia: quando isso acontece, o fluido pode fornecer energia à crosta. Os autores do estudo acham que foi provavelmente isso que causou as duas falhas que aconteceram antes e depois da rápida explosão de rádio.
“Sem dúvida, observamos algo importante para a nossa compreensão das explosões rápidas de rádio”, disse George Younes, pesquisador da NASA e membro da equipe científica responsável pelo estudo. “Mas acho que ainda precisamos de muito mais dados para solucionar o mistério”, completou.