Nova descoberta sugere que existência do Monstro do Lago Ness poderia ser "plausível"
A lenda do Monstro do Lago Ness se recusa a morrer. Agora, pesquisadores sugerem que a existência da criatura poderia ser "plausível". A teoria envolve a descoberta de novos fósseis de plesiossauro (espécie de répteis marinhos pré-históricos).
Plesiossauros do água doce
No século XIX, Mary Anning descobriu fósseis de plesiossauros nas rochas da Costa Jurássica de Dorset, na Inglaterra. A descoberta desses répteis gigantes de pescoço comprido com quatro nadadeiras, extintos há milhões de anos, serviu para alimentar ainda mais o mito do Monstro do Lago Ness. O problema é que, mesmo que tivessem sobrevivido à extinção, esses animais eram marinhos e não poderiam viver nas águas doces do lago escocês.
No entanto, uma equipe internacional de cientistas acaba de encontrar fósseis de plesiossauros em um sistema fluvial de 100 milhões de anos, onde hoje se situa o deserto do Saara, no Marrocos. A descoberta inclui ossos e dentes de adultos de três metros de comprimento e um osso do braço de um bebê de 1,5 metro de comprimento. Isso sugere que essas criaturas viviam e se alimentavam rotineiramente em água doce, ao lado de sapos, crocodilos, tartarugas e peixes.
Ao anunciar a descoberta, pesquisadores da Universidade de Bath afirmaram que seria "plausível" que esses animais tivessem vivido algum dia no Lago Ness. Mas os cientistas salientam que os últimos plesiossauros morreram ao mesmo tempo que os dinossauros, há 66 milhões de anos. Ou seja, não há evidências de que esses animais ainda estejam nadando pelas águas escocesas.