Pesquisador quer estabelecer novo recorde ao viver 100 dias embaixo d'água
Um professor da Universidade do Sul da Flórida está tentando bater um recorde mundial ao viver embaixo d'água por 100 dias. Joe Dituri, ex-mergulhador da marinha dos Estados Unidos e especialista em engenharia biomédica, já está vivendo no fundo do mar desde 1º de março. O pesquisador ocupa um habitat situado a 9,1 metros de profundidade na localidade de Key Largo.
Pressões extremas
O objetivo de Dituri, de 55 anos de idade, é estudar como o corpo humano responde à exposição prolongada a pressões extremas. Uma equipe médica está documentando a saúde dele ao mergulhar rotineiramente em seu habitat para realizar uma série de testes. Um psicólogo e um psiquiatra também estão documentando os efeitos mentais de ficar em um ambiente isolado e confinado por um período prolongado, algo semelhante a uma viagem espacial.
A jornada de Dituri é uma experiência diferente do que viver em um submarino. Essas embarcações são seladas quando submersas e mantidas à pressão do nível do mar. Isso significa que não há diferença significativa na pressão, mesmo quando um submarino está a centenas de metros de profundidade. Mas o habitat subaquático do pesquisador não tem escotilhas sólidas ou bloqueios de ar entre o oceano e o espaço seco interno. Ele está enfrentando uma pressão duas vezes maior do que em terra firme, aproximadamente.
“O corpo humano nunca esteve debaixo d'água por tanto tempo, então serei monitorado de perto”, disse Dituri. "Este estudo examinará todas as formas como essa jornada afeta meu corpo, mas minha hipótese é que haverá melhorias em minha saúde devido ao aumento da pressão”, afirmou. “Então, suspeitamos que vou me tornar um super-humano!”, brincou. Atualmente, o recorde de permanência debaixo d'água é de 73 dias e foi alcançado em 2014 por dois professores do Tennessee.