Saiba como observar o cometa verde que ficará mais visível no Brasil a partir desta sexta-feira

O cometa C/2022 E3 (ZTF), que apresenta brilho esverdeado e está passando próximo da Terra, deverá ficar mais visível nos céus do Brasil a partir desta sexta-feira (10/02). Se as condições estiverem favoráveis, será possível observá-lo até mesmo a olho nu. Mas o uso de binóculos e telescópios pode ajudar a avistar melhor o objeto.

Como observar o cometa verde

“Além disso, é importante destacar que não é uma tarefa tão fácil achar um cometa no céu. Por isso, além de instrumentos (binóculos, telescópios, câmeras fotográficas), é interessante que as pessoas procurem um lugar distante dos centros urbanos, fugindo assim da poluição luminosa" disse o astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional. "Para facilitar ainda mais a observação do cometa, o indicado é procurar pelo cometa quando a lua não estiver mais no céu”, completou.

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☄️ O cometa C/2022 E3 (ZTF), que nos visita a cada 50 mil anos, está protagonizando imagens por onde passa e agora é a vez de ser registrado do Brasil. 📷 🟢

🧵Se liga na thread pra saber como observá-lo! pic.twitter.com/KhrHhciAOf

— Observatório Nacional (@Obs_Nacional) February 1, 2023

“Se for sua primeira tentativa de localizar um cometa, tente em 10 de fevereiro de 2023, entre 19 e 21 horas, quando o cometa irá se encontrar muito próximo do planeta Marte", explicou Monteiro. "Uma estratégia que pode ser usada também por iniciantes, bem como os fotógrafos casuais, é tentar fotografar o cometa apontando sua câmera para sua localização aproximada no céu e tirando fotos de longa exposição de 20 a 30 segundos. Ao visualizar as imagens, possivelmente você irá notar um objeto difuso e com cauda. Usando essa técnica, muitos estão conseguindo fotografar o cometa mesmo que não o veja no céu”, disse.

Descoberto em março de 2022 na órbita de Júpiter, o C/2022 E3 (ZTF) se aproximou da Terra pela última vez há cerca de 50 mil anos. De acordo com astrônomos da NASA, ele é um cometa de longo período, possivelmente vindo da Nuvem de Oort, a região do sistema solar mais distante da Terra. Sua cor esverdeada tem origem na predominância de um tipo de gás em seu núcleo.