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"Sol artificial" chinês teria batido o recorde de fusão nuclear

Equipamento tem o potencial de produzir energia limpa de forma praticamente ilimitada
Por History Channel Brasil em 18 de Abril de 2023 às 12:14 HS
"Sol artificial" chinês teria batido o recorde de fusão nuclear-0

Há alguns anos, pesquisadores da China trabalham em um projeto batizado de Supercondutor Avançado Experimental Tokamak (EAST), apelidado de “Sol artificial”. Trata-se de uma poderosíssima central energética que tem o objetivo de produzir energia limpa de forma praticamente ilimitada. Agora, seus desenvolvedores afirmam que o dispositivo bateu o recorde mundial de reação de plasma confinado mais longa.

Fusão de energia em escala comercial

Os pesquisadores afirmam que o EAST gerou, sustentou e confinou um plasma de fusão superquente durante 403 segundos no dia 12 de abril. Com isso, foi superado o recorde anterior de 101 segundos, atingido durante experimentos feitos com o "Sol artificial" em 2017. Segundo os especialistas, o feito deixa a fusão de energia em escala comercial um passo mais perto da realidade. 

Supercondutor Avançado Tokamak - EAST
Supercondutor Avançado Experimental Tokamak (EAST) (Imagem: Institute of Plasma Physics/Reprodução)

O EAST é um enorme reator nuclear localizado no Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências, em Hefei. Ele foi projetado para acionar um processo de fusão nuclear que emula a fonte da energia solar. O Sol é um reator natural de fusão no qual a nucleossíntese estelar transforma elementos mais leves em elementos mais pesados com a liberação de enormes quantidades de energia. No caso do EAST e de muitos outros reatores, dois átomos de hidrogênio se combinam em um único e maior átomo de hélio, liberando enormes quantidades de energia no processo.

Ao contrário da fissão nuclear (reação usada atualmente no setor de energia nuclear), a fusão não cria resíduos radioativos. Esse processo produz de três a quatro vezes mais energia que a fissão. Além disso, ele não libera dióxido de carbono na atmosfera, ao contrário da queima de combustíveis fósseis. 

Fontes
Newsweek e IFLScience
Imagens
iStock