Tempestade solar que atingiu a Terra no fim de semana foi a mais forte em 21 anos

A tempestade geomagnética que atingiu a Terra no último fim de semana foi a mais forte em 21 anos. Ela chegou a atingir o grau G5, considerado o mais extremo. O fenômeno causou o surgimento de auroras em locais onde elas geralmente não são vistas, como em regiões da Inglaterra, na porção continental da Austrália, na Toscana (na Itália), na Flórida e no sul da Califórnia (nos Estados Unidos).  

Grande mancha solar

A tempestade teve origem em fortes ejeções de massa coronal (CMEs, na sigla em inglês) que foram lançadas de uma gigantesca mancha solar chamada AR3664. De acordo com os pesquisadores, essa mancha tem 200 mil quilômetros de ponta a ponta, sendo 15 vezes maior que o diâmetro da Terra. As CMEs são grandes nuvens de plasma ejetadas do Sol, frequentemente acompanhadas por uma explosão solar de raios X.

Essas nuvens de plasma colidiram com o campo magnético ao redor da Terra, enfraquecendo temporariamente nosso escudo protetor. Conforme as partículas carregadas e a energia colidem com a atmosfera terrestre, algumas delas interagem com os gases atmosféricos, resultando em brilho nas cores verde, vermelho, roxo e azul. Assim se formam as auroras.

As tempestades geomagnéticas são classificadas em uma escala de G1 (menor) a G5 (extrema), sendo que as tempestades G4 são consideradas "severas". A tempestade do fim de semana chegou a atingir brevemente o grau G5, algo que não acontecia desde 2003. Em teoria, esse fenômeno pode causar interrupções nas comunicações, na rede elétrica, na navegação por GPS, nas operações de rádio e nos satélites. Mas nenhum incidente relevante do tipo foi registrado agora.