THOR: o poderoso sistema que caça asteroides em rota de colisão com a Terra
Um novo projeto de defesa planetária foi anunciado para proteger a Terra do impacto de asteroides. Trata-se de um poderoso algoritmo batizado de THOR (sigla em inglês para "Recuperação de Órbita Heliocêntrica Sem Rastreamento", em tradução livre). Essa tecnologia é capaz de detectar e monitorar a maior quantidade de objetos potencialmente perigosos relativamente próximos do nosso planeta.
Asteroides potencialmente perigosos
Pelos critérios da NASA, são considerados potencialmente perigosos os asteroides com mais de 140 metros de diâmetro que se aproximam do nosso planeta a uma distância de 0,05 unidades astronômicas (ou 6 milhões de quilômetros). Em caso de impacto, objetos do tipo podem desencadear tsunamis devastadores, terremotos e efeitos secundários que se estenderiam muito além da área de colisão.
Embora todas as agências espaciais possuam sistemas próprios para a busca de asteroides, é muito difícil processar a imensa quantidade de informações coletadas pelos telescópios espaciais ao redor do mundo. O projeto THOR foi desenvolvido para preencher essa lacuna. A iniciativa foi apresentada pela Fundação B162, uma instituição privada que se dedica a desenvolver ferramentas para compreender, cartografar e navegar por nosso sistema solar e proteger nosso planeta do impacto de asteroides.
O THOR aproveita a potência de cálculo da plataforma ADAM (sigla em inglês para "Análise e Mapeamento de Descoberta de Asteroides", em tradução livre), um sistema de código aberto que utiliza a capacidade de processamento e armazenamento do Google Compute Engine e Google Cloud para traçar a trajetória de cada asteroide de forma individual. Isso possibilita determinar se um objeto está em rota de colisão com a Terra.
O THOR estabelece conexões entre os diferentes registros de asteroides e traça assim sua possível trajetória, um método que já permitiu descobrir 104 asteroides. “Descobrir e rastrear asteroides é crucial para entender nosso sistema solar, permitindo o desenvolvimento do espaço e protegendo nosso planeta de impactos”, disse Ed Lu, diretor executivo do Asteroid Institute da Fundação B162.