Arqueólogos encontram tumba do guardião do templo do deus Amon, no Egito

Arqueólogos encontraram uma tumba de 3.200 anos durante escavações na necrópole de Saqqara, no Egito. De acordo com os pesquisadores, ela pertencia a um homem chamado Panehsy, guardião do templo do deus Amon. Essa divindade misteriosa era associada ao ar e ao vento.

Tumba em forma de templo

Segundo o Ministério do Turismo e das Antiguidades do Egito, a tumba foi construída no formato de um templo. A estrutura conta com uma entrada, um pátio interno de pórticos com colunas, um poço que leva a câmaras funerárias subterrâneas e três capelas. “A nova descoberta lança luz sobre o desenvolvimento da necrópole de Saqqara durante a 19ª Dinastia e descortina informações sobre novos indivíduos ainda não conhecidos em fontes históricas”, disse Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do país.

Dentro da tumba, os arqueólogos encontraram uma estela (placa funerária) retratando Panehsy e sua esposa Baia, que era a cantora de Amon, em frente a uma mesa de oferendas. Além disso, o artefato contém vários outros desenhos de sacerdotes e oferendas religiosas. A equipe também encontrou quatro pequenas capelas durante os trabalhos de escavação na área, duas das quais com relevos bem preservados de cenas funerárias e desenhos da ressurreição de uma múmia para viver na vida após a morte.

O sítio arqueológico de Saqqara é importante porque no passado o local serviu como necrópole de Mênfis, capital do antigo Egito. Os egípcios enterraram seus mortos ali durante cerca de três mil anos. Não apenas nobres eram sepultados ali, mas também membros da classe trabalhadora.