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Descobertos os esqueletos de três mulheres vikings com crânios alongados

Modificações corporais poderiam servir para indicar o status social de um indivíduo, afiliação a grupos e até mesmo sua origem cultural
Por History Channel Brasil em 29 de Março de 2024 às 13:02 HS
Descobertos os esqueletos de três mulheres vikings com crânios alongados-0

Pesquisadores ficaram surpresos ao encontrar três crânios modificados de mulheres vikings durante escavações na ilha de Gotland, na Suécia. Além disso, foram achados esqueletos de homens com modificações dentárias. Um estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico científico Current Swedish Archaeology.

Cabeças alongadas

De acordo com Matthias Toplak Lukas Kerk, autores do estudo, as três mulheres foram enterradas em locais diferentes de Gotland no final do século XI. As modificações cranianas fizeram com que elas se distinguissem pela aparência, pois tinham as cabeças alongadas. As análises revelaram detalhes sobre duas delas, sendo que uma morreu entre os 25 e 30 anos de idade, enquanto a outra tinha entre 55 e 60 anos.

Os autores do estudo dizem que não está claro como a prática de alongar crânios chegou naquele local, mas suspeitam que o costume pode ter vindo de outra região. "Ou as três mulheres (...) nasceram no sudeste da Europa, talvez como filhas de comerciantes de Gotland ou do leste do Báltico, e seus crânios foram modificados lá nos primeiros anos de vida. Ou as modificações podem ter sido feitas em Gotland ou no leste do Báltico, respectivamente, e assim representam uma adoção cultural há muito desconhecida na Era Viking Escandinava", escreveram.

Toplak e Kerk veem essas modificações corporais (tanto no crânio como nos dentes) não apenas como alterações físicas, mas como símbolos que enviavam mensagens complexas à comunidade de Gotland. Segundo eles, essas características serviam como pistas visuais que comunicavam uma vasta gama de informações sobre o status social de um indivíduo, afiliação a grupos e possivelmente até mesmo sua origem cultural.

Por milhares de anos, grupos humanos de várias partes do mundo modificaram crânios de forma intencional amarrando a cabeça de bebês com tecido ou prendendo a cabeça deles entre dois pedaços de madeira. Pesquisadores acreditam que geralmente a prática representava o pertencimento a um grupo étnico ou social. Isso fortalecia o sentido de coletividade e comunidade entre o grupo.

Fontes
Medievalists.net
Imagens
© SHM/Johnny Karlsson 2008-11-05 (CC BY 2.5 SE) - https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.5/se/deed.pt-br