Moeda de ouro prova que imperador romano "fake" existiu de verdade
Em 1713, moedas que remetiam à época do Império Romano foram encontradas na Transilvânia (região que atualmente pertence à Romênia). Mais de cem anos depois, elas foram analisadas por especialistas e consideradas falsas. Como algumas delas eram estampadas com o nome e a figura de um imperador romano desconhecido chamado Esponsiano, acreditava-se que ele nunca tivesse existido. Mas um novo estudo resultou em uma reviravolta nessa história
Quem foi Esponsiano?
Logo após terem sido descobertas, as moedas eram consideradas autênticas. Mas, em 1863, Henry Cohen, especialista em moedas na Bibliothèque Nationale de France, afirmou que elas não eram apenas falsificações 'modernas', mas mal feitas e "ridiculamente imaginadas". Outros especialistas concordaram com ele.
A maioria das moedas eram decoradas com imagens de imperadores romanos conhecidos do século III, como Gordiano III e Filipe, o Árabe. Mas quatro delas traziam o nome e a imagem de Esponsiano, que não aparece em nenhum outro registro histórico. Depois que as peças foram consideradas falsas, Esponsiano também foi rotulado como um imperador "fake".
Agora, novas análises de laboratório feitas por especialistas da University College London indicam que as moedas são autênticas, o que faria de Esponsiano um imperador de verdade. "Nossas evidências sugerem que ele governou a Dácia romana, um posto avançado de mineração de ouro isolado, em uma época em que o império estava cercado por guerras civis e as fronteiras foram invadidas por invasores saqueadores", disseram os cientistas.
“Ele assumiu o título imperator – comandante militar supremo – que era reservado ao imperador”, disse Paul Pearson, que liderou o estudo. Segundo ele, existem outros precedentes de imperadores regionais. Isso faz com que Esponsiano possa ser considerado um autêntico imperador romano.