O primeiro livro impresso da história não foi a Bíblia
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A prensa tipográfica é um dispositivo que permite a produção em massa de textos, principalmente em forma de livros, panfletos e jornais. A Bíblia impressa por Johannes Gutenberg no século XV marcou o início de seu uso no Ocidente, mas o processo de impressão já existia no Oriente. Criada na China, essa técnica revolucionou a sociedade local antes de ser aprimorada pelo alemão.
Sutra do Diamante
Os primeiros livros impressos foram feitos no Oriente com a técnica de xilografia, que consistia em entalhar a página que se desejava reproduzir em uma placa de madeira entintada. O livro impresso mais antigo de que se tem conhecimento é o Sutra do Diamante, que foi encontrado em Dunhuang, na China, e data do ano 868 d.C. No século XIV, essa técnica chegou à Europa, mas foi pouco utilizada, uma vez que exigia muita habilidade para entalhar parágrafos inteiros na madeira, que se desgastava rapidamente.
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Na China também foram inventados os tipos móveis: a reprodução de uma letra, um número, etc., em um pedaço de metal que, ao se combinar com outros tipos em uma matriz, forma palavras. Seu desenvolvimento é atribuído a Bi Sheng, que viveu na China entre os anos 970 e 1051 d.C., aproximadamente. O primeiro tipo móvel foi esculpido em argila e cozido em blocos duros que eram então dispostos em uma estrutura de ferro pressionada contra uma placa de ferro.
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Em 1450, o alemão Johannes Gutenberg aperfeiçoou a técnica criando uma prensa de tipos móveis que usava um método diferente daquele criado pelos chineses. Muitos historiadores acreditam que a adaptação de Gutenberg, baseada nas prensas de vinho, foi a chave para inaugurar a Idade Moderna. Com a nova capacidade de produzir livros em massa sobre todos os temas imagináveis, a baixo custo, ideias revolucionárias e conhecimentos antigos de valor inestimável foram colocados nas mãos de todos os europeus alfabetizados, revolucionando o acesso à informação.