Civilizações alienígenas podem estar presas em seus planetas, diz estudo

Estima-se que haja mais de 120 bilhões de galáxias no universo, então muitos acreditam que é pouco provável que a humanidade seja a única civilização tecnológica. Mas um novo estudo publicado no Journal of the British Interplanetary Society aponta que é possível que nunca encontremos seres vindos dos confins do espaço. Isso porque, mesmo que existam alienígenas inteligentes, eles podem estar presos em seus planetas devido a uma série de limitações físicas.

Barreiras físicas e imaginativas

Elio Quiroga, autor do estudo e professor na Universidad del Atlántico Medio, na Espanha, sugere que seres vivendo em planetas muito maiores do que a Terra precisariam de velocidades de escape muito altas para superar a forte gravidade de seus mundos e explorar o espaço. Assim, alienígenas "não seriam capazes de deixar seu planeta usando qualquer quantidade concebível de combustível, nem uma estrutura de foguete viável suportaria as pressões envolvidas no processo, pelo menos com os materiais que conhecemos”.

Outras circunstâncias também poderiam aprisionar civilizações em seus mundos natais, diz o pesquisador. Em um planeta com cobertura de nuvens contínua e ininterrupta, o céu estrelado nunca seria visível. Assim, seus habitantes não teriam o impulso de sondar o espaço por nunca terem imaginado que algo lá fora pudesse existir. Algo semelhante aconteceria em um sistema binário de estrelas sem período noturno. Por não serem observáveis, outros corpos celestes não seriam fontes de admiração e estudo (e muito menos seriam vistos como destinos a serem atingidos).

O estudo aponta ainda que mundos oceânicos apresentam um dilema semelhante. Nesses locais ou em luas com oceanos quentes e camadas congeladas com quilômetros de espessura, qualquer habitante dessas profundezas teria visões extremamente limitadas do universo em que habitam. Quiroga acha difícil imaginar o surgimento de uma civilização tecnológica em um oceano sob vários quilômetros de gelo.