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Astrônomos registram imagem da "Mão de Deus" alcançando estrelas

Estrutura situada a uma distância de 1300 anos-luz é conhecida como "glóbulo cometário"
Por History Channel Brasil em 08 de Maio de 2024 às 16:12 HS
Astrônomos registram imagem da "Mão de Deus" alcançando estrelas-0

A imagem de uma gigantesca "Mão de Deus" foi registrada por astrônomos do Laboratório de Pesquisa em Astronomia Óptica-Infravermelha Nacional da Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NSF NOIRLab). Segundo os cientistas, essa estrutura com formato peculiar é um glóbulo cometário chamado CG 4. O objeto está localizado a cerca de 1300 anos-luz de distância, na constelação de Puppis. 

Gglóbulos cometários

Os glóbulos cometários são uma subclasse das nebulosas escuras conhecidas como glóbulos de Bok (nuvens isoladas de gás cósmico denso e poeira cercadas por material quente e ionizado). Quando essas nuvens exibem uma perda de material que resulta em uma cauda estendida, elas são chamadas de glóbulos cometários por causa de sua semelhança vaga com um cometa, embora não tenham nada em comum com esses objetos espaciais.

Embora os astrônomos tenham observado essas estruturas em toda a Via Láctea, a grande maioria delas, incluindo a CG 4, é encontrada dentro de uma enorme área de gás brilhante chamada Nebulosa de Gum. Acredita-se que essa nebulosa seja formada pelos restos em expansão de uma supernova que ocorreu há cerca de um milhão de anos. Atualmente, os pesquisadores sabem que ela contém pelo menos 31 glóbulos cometários, além da "Mão de Deus".

O mecanismo pelo qual esses objetos parecidos com cometas adquirem sua forma não é totalmente conhecido, mas os astrônomos desenvolveram duas hipóteses principais sobre suas origens. A primeira é que eles poderiam ter sido originalmente nebulosas esféricas que foram perturbadas por uma explosão de supernova próxima, possivelmente a explosão original que criou a Nebulosa de Gum. A outra possibilidade é que os glóbulos cometários são moldados por uma combinação de ventos estelares e pressão de radiação de estrelas quentes e massivas próximas.

Fontes
NSF NOIRLab
Imagens
CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA Image Processing: T.A. Rector (University of Alaska Anchorage/NSF’s NOIRLab), D. de Martin & M. Zamani (NSF’s NOIRLab)