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Cientistas criam pele artificial realista para robôs humanoides

Capaz de se curar por conta própria, a tecnologia utiliza células cutâneas cultivadas em laboratório
Por History Channel Brasil em 26 de Junho de 2024 às 13:05 HS
Cientistas criam pele artificial realista para robôs humanoides-0

Pesquisadores japoneses estão desenvolvendo uma pele artificial semelhante à humana que poderá ser usada por robôs no futuro. Capaz de se autorreparar, a tecnologia utiliza células cutâneas cultivadas em laboratório. Um estudo detalhando a inovação foi publicado na revista Cell Reports Physical Science.

Método inovador

A equipe, liderada pelo Professor Shoji Takeuchi da Universidade de Tóquio, criou um método inovador para fixar a pele artificial ao esqueleto do robô, garantindo uma aparência mais realista e a capacidade de se curar por conta própria em caso de cortes ou arranhões. Em estudos anteriores, a pele artificial tendia a descolar do corpo robótico, mas a nova tecnologia contornou esse obstáculo.

“Durante pesquisas anteriores com um robô em forma de dedo coberto por tecido cutâneo projetado em nosso laboratório, senti a necessidade de melhor adesão entre as características robóticas e a estrutura subcutânea da pele”, disse Takeuchi. “Ao imitar as estruturas dos ligamentos da pele humana e usar perfurações em forma de V em materiais sólidos, encontramos uma maneira de fixar a pele a estruturas complexas. A flexibilidade natural da pele e o método forte de adesão permitem que a pele se mova com os componentes mecânicos do robô sem rasgar ou descolar”, explicou.

Apesar dos avanços, Takeuchi destaca que ainda há etapas a serem cumpridas antes que essa tecnologia se torne viável em larga escala. Melhorias na durabilidade e resistência da pele, assim como a integração de vasos sanguíneos para fornecer nutrientes e umidade, são alguns dos desafios a serem superados. Além disso, a pele artificial precisa ser capaz de transmitir informações sensoriais, como temperatura e toque, e ser resistente a contaminações biológicas para alcançar seu pleno potencial.

Fontes
Universidade de Tóquio e IFLScience
Imagens
©2024 Takeuchi et al. CC-BY-ND/Divulgação