Nova pele sintética pode abrir caminho para robôs estilo "Exterminador do Futuro"
Inspirados pelas habilidades de cicatrização natural da pele humana, cientistas da Universidade de Stanford conseguiram desenvolver uma pele eletrônica autorreparável. Os cientistas acreditam que essa tecnologia poderia permitir a construção de robôs macios reconfiguráveis capazes de mudar de forma. Mas, ao contrário dos humanoides da franquia Exterminador do Futuro, eles seriam usados para o bem.
Robôs que se montam sozinhos
Para criar essa pele sintética, os cientistas utilizaram PPG (polipropilenoglicol) e PDMS (polidimetilsiloxano, mais conhecido como silicone), e adicionaram materiais magnéticos às camadas de polímero. "Ela é macia e flexível. Mas se você perfurar, cortar ou rasgar, cada camada se curará seletivamente para restaurar a função geral", afirmou Sam Root, um dos criadores. Além da capacidade de autorreparação, a tecnologia pode permitir que um robô seja capaz de se montar sozinho no futuro.
“Conseguimos o que acreditamos ser a primeira demonstração de um sensor de filme fino multicamada que se realinha automaticamente durante a cicatrização. Este é um passo crítico para imitar a pele humana, que tem várias camadas que se remontam corretamente durante o processo de cicatrização”, disse Chris Cooper, autor principal do estudo. “Nossa visão de longo prazo é criar dispositivos capazes de se recuperar de danos extremos. Por exemplo, imagine um dispositivo que, quando despedaçado e rasgado, possa se reconstruir de forma autônoma”, completou.
Essa nova tecnologia tem potencial para ser aplicada no campo da medicina no futuro. A equipe imagina que robôs poderiam ser engolidos em pedaços e depois se automontar dentro do corpo para realizar tratamentos médicos não invasivos. Outras aplicações incluem o desenvolvimento de peles eletrônicas multissensoriais e autorrecuperáveis que se ajustam aos robôs e fornecem a eles uma sensação de toque.