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Descoberta de exoplaneta revela como será a Terra quando o Sol se apagar

Talvez o nosso planeta acabe não sendo engolido pela estrela quando ela se tornar uma gigante vermelha
Por History Channel Brasil em 05 de Outubro de 2024 às 13:08 HS
Descoberta de exoplaneta revela como será a Terra quando o Sol se apagar-0

Astrônomos descobriram um planeta semelhante à Terra, localizado a cerca de 4 mil anos-luz, que pode dar pistas sobre o futuro do nosso próprio planeta. A descoberta sugere um destino possível para a Terra daqui a bilhões de anos, quando o Sol se transformar em uma anã branca. Um estudo sobre a descoberta foi publicado na revista Nature Astronomy. 

Anã branca

Esse sistema planetário distante, detectado através do telescópio Keck, no Havaí, é composto por uma anã branca com metade da massa do Sol e um planeta de tamanho parecido com o da Terra, orbitando a uma distância duas vezes maior que a atual distância da Terra ao Sol. Segundo os cientistas, esse cenário se assemelha ao futuro do Sistema Solar.

Isso porque o Sol eventualmente se inflará como um balão, engolindo Mercúrio e Vênus no processo. À medida que a estrela se expande para se tornar uma gigante vermelha, sua massa diminuirá, forçando os planetas a migrarem para órbitas mais distantes, oferecendo à Terra uma pequena chance de sobreviver mais longe do Sol. 

Eventualmente, as camadas externas da gigante vermelha serão expelidas, deixando para trás uma densa anã branca, não maior que um planeta, mas com a massa de uma estrela. Se a Terra sobreviver até lá, provavelmente acabará em uma órbita duas vezes maior que a atual. "Não há consenso se a Terra conseguirá evitar ser engolida pelo Sol gigante vermelho daqui a seis bilhões de anos", disse Keming Zhang, líder da pesquisa e pesquisador da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos. 

A descoberta também ajuda a compreender a evolução de estrelas semelhantes ao Sol e o impacto desse processo nos planetas ao redor. Apesar de o planeta detectado ter sobrevivido, ele se encontra fora da zona habitável de sua estrela, tornando improvável a presença de vida.

Fontes
Universidade da Califórnia em Berkeley
Imagens
istock