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Fenômeno “único na vida” poderá ser visto muito em breve nos céus

Acredita-se que será possível observar a olho nu o evento astronômico conhecido como explosão de nova recorrente 
Por History Channel Brasil em 01 de Julho de 2024 às 12:19 HS
Fenômeno “único na vida” poderá ser visto muito em breve nos céus-0

Um evento astronômico singular poderá ser visto em breve a olho nu da Terra. Trata-se de algo conhecido como explosão de nova recorrente, que acontecerá no sistema estelar binário T CrB, situado a três mil anos-luz de nosso planeta, na constelação Corona Borealis. Esse fenômeno foi registrado pela última vez em 1946 e deve voltar a ocorrer a qualquer momento entre agora e o mês de setembro.

Oportunidade única

O T CrB, é composto por duas estrelas: uma anã branca e uma gigante vermelha que orbitam estreitamente entre si. Essa explosão termonuclear, classificada como "nova", é o resultado da acumulação de matéria na superfície da anã branca, principalmente hidrogênio, proveniente da gigante vermelha. Segundo a NASA, essa pode ser uma oportunidade única de observação, já que isso só ocorre a cada 80 anos, aproximadamente. 

Constelação Corona Borealis
Constelação Corona Borealis (Imagem: NASA/Divulgação)

“É um evento único na vida que vai criar muitos novos astrônomos por aí, dando aos jovens um evento cósmico que eles podem observar por conta própria, fazer suas próprias perguntas e coletar seus próprios dados”, disse Rebekah Hounsell, cientista da NASA. “Existem algumas novas recorrentes com ciclos muito curtos, mas, normalmente, não vemos uma explosão repetida no período de uma vida humana, e raramente uma tão relativamente próxima do nosso próprio sistema”, completou.

A Corona Borealis é uma constelação do hemisfério norte. No Brasil, ela pode ser vista principalmente nas regiões mais ao norte do país. Durante os meses de outono e inverno do hemisfério sul, a constelação fica mais visível. Nas regiões sul e sudeste do país, ela aparece mais baixa no horizonte e pode ser mais difícil de observar devido à poluição luminosa e outros obstáculos.

Fontes
NASA
Imagens
NASA/Goddard Space Flight Center/Divulgação