Inicio

Inteligência Artificial descobre um asteroide potencialmente perigoso perto da Terra

Ainda na fase de testes, o novo algoritmo foi capaz de identificar um objeto espacial de 182 metros de comprimento 
Por History Channel Brasil em 03 de Agosto de 2023 às 15:45 HS
Inteligência Artificial descobre um asteroide potencialmente perigoso perto da Terra-0

O algoritmo HelioLinc3D, desenvolvido para detectar asteroides próximos à Terra, descobriu um objeto “potencialmente perigoso” na vizinhança do nosso planeta. Chamado de 2022 SF289, ele tem aproximadamente 182 metros de comprimento e foi identificado ainda durante a fase de testes da Inteligência Artificial. A tecnologia foi criada por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, para ser usada no observatório Vera C. Rubin, no Chile.

Identificação desafiadora

Segundo os pesquisadores, apesar de ser identificado como potencialmente perigoso, o 2022 SF289 não oferece ameaça à Terra no futuro próximo. No entanto, sua detecção é uma grande conquista, pois valida a eficácia do HelioLinc3D AI em encontrar objetos próximos da Terra com mais eficiência do que os métodos atuais. Identificar asteroides próximos é um desafio, mesmo com telescópios como o ATLAS, da Universidade do Havaí, pois são necessárias observações de várias imagens do mesmo pedaço do céu para detectá-los, o que dificulta a tarefa.

O Sistema Solar abriga dezenas de milhões de corpos rochosos. A maioria está distante, mas alguns orbitam perto da Terra, sendo que os mais próximos deles (aqueles com uma trajetória que os leva a cerca de 8 milhões de quilômetros da órbita da Terra, ou cerca de 20 vezes a distância do nosso planeta à Lua) merecem atenção especial. Classificados como “asteroides potencialmente perigosos”, eles são sistematicamente procurados e monitorados para garantir que não colidam com a Terra, algo potencialmente devastador. 

A expectativa é que o Observatório Vera C. Rubin, localizado nos Andes chilenos, se junte à busca por asteroides potencialmente perigosos em 2025 e revolucione a taxa de descoberta desses objetos. O equipamento possui um espelho de 8,4 metros e uma câmera de 3.200 megapixels, superando a capacidade dos instrumentos atuais ao vasculhar o céu duas vezes por noite.

“A descoberta de 2022 SF289 nos deixa mais seguros ao demonstrar a eficácia no mundo real do software que (o observatório) Rubin usará para procurar milhares de asteroides potencialmente perigosos ainda desconhecidos”, disse Ari Heinze, principal desenvolvedor do HelioLinc3D e pesquisador da Universidade de Washington.

Fontes
Universidade de Washington
Imagens
iStock