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Planetas rochosos em torno de estrelas pequenas podem ter potencial para abrigar vida

Tema de um novo estudo, a descoberta alimenta o otimismo na busca por sinais biológicos extraterrestres
Por History Channel Brasil em 25 de Outubro de 2024 às 16:12 HS
Planetas rochosos em torno de estrelas pequenas podem ter potencial para abrigar vida-0

Pesquisadores sugerem que alguns planetas rochosos orbitando estrelas anãs do tipo M podem manter atmosferas estáveis por longos períodos, aumentando as chances de abrigar vida. Essa descoberta alimenta o otimismo na busca por sinais de vida fora do Sistema Solar. Um estudo sobreo o tema foi publicado no periódico Nature Communications.

Habitabilidade 

As estrelas anãs M, como a TRAPPIST-1, localizada a cerca de 40 anos-luz da Terra, são alvos importantes na investigação científica, pois são as mais comuns no universo. Estudos anteriores indicavam que a radiação ultravioleta intensa dessas estrelas poderia evaporar a água superficial dos planetas, comprometendo sua habitabilidade.

Exoplanetas

O novo estudo modelou o processo evolutivo de planetas rochosos, revelando que gases leves, como hidrogênio, inicialmente escapam para o espaço. No entanto, em planetas mais afastados da estrela, o hidrogênio pode reagir com oxigênio e ferro no interior do planeta, gerando água e outros gases mais pesados que ajudam a formar uma atmosfera estável ao longo do tempo.

"Uma das perguntas mais intrigantes em astronomia de exoplanetas é: planetas rochosos orbitando estrelas do tipo M conseguem manter atmosferas que suportem vida?", afirmou Joshua Krissansen-Totton, professor assistente da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. "Nossos resultados sugerem que alguns desses planetas podem ter atmosferas, o que aumenta significativamente as chances de que esses sistemas possam ser habitáveis", completou.

Embora o Telescópio Espacial James Webb já tenha observado planetas quentes próximos à TRAPPIST-1 e confirmado a ausência de atmosferas densas, ele ainda não conseguiu caracterizar os planetas na chamada "zona habitável". Segundo Krissansen-Totton, esses planetas mais temperados são promissores e merecem uma análise cuidadosa com telescópios, pois podem ter condições favoráveis à existência de água líquida e, consequentemente, à vida.

Fontes
Universidade de Washington, via EurekAlert
Imagens
NASA/JPL-Caltech