Primeiras análises do misterioso "ovo" dourado encontrado no mar indicam origem biológica
Há alguns dias, uma equipe de pesquisadores se surpreendeu ao encontrar um misterioso "ovo" dourado durante uma expedição ao fundo do mar no Alasca. Após a descoberta, os cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) coletaram o objeto com o objetivo de analisá-lo. Agora, os primeiros resultados foram divulgados: os testes confirmaram que o material é de origem biológica, embora ainda não se saiba do que se trata.
O "ovo" foi encontrado a uma profundidade de 3,1 quilômetros em meio a um punhado de esponjas brancas. O objeto liso, dourado e em forma de cúpula media pouco mais de 10 centímetros de diâmetro e estava firmemente preso a uma rocha. Um pequeno buraco próximo à base revelou um interior de cor semelhante. À medida que as câmeras do veículo operado à distância da NOAA aumentavam o zoom, os cientistas ficaram perplexos quanto à sua identificação.
“Embora tenhamos conseguido coletar o 'globo dourado' e trazê-lo para o navio, ainda não conseguimos identificá-lo além do fato de ser de origem biológica", disse Sam Candio, coordenador da expedição. "Provavelmente não aprenderemos mais até que consigamos colocá-lo num ambiente de laboratório onde possamos continuar a recorrer à experiência coletiva da comunidade científica com ferramentas mais sofisticadas do que as que somos capazes de manter a bordo", completou. Segundo ele, a descoberta serve como um lembrete do quão pouco sabemos sobre o nosso próprio planeta e quanto ainda resta para aprender e apreciar sobre o nosso oceano.
Embora ainda não esteja claro se o "ovo" dourado está associado a uma espécie conhecida, a uma espécie nova ou talvez represente um estágio de vida desconhecido de uma espécie existente, Sam falou sobre a importância da exploração oceânica. “Novas espécies têm o potencial de revelar novas fontes de terapias médicas e vacinas, alimentos, energia e outros benefícios e conhecimentos sociais. Coletivamente, os dados e informações recolhidos durante esta expedição irão ajudar-nos a preencher lacunas na nossa compreensão desta parte do planeta, para que possamos melhor geri-la e protegê-la”, afirmou.