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Telescópio Hubble encontra "coisas estranhas" em observação inédita de quasar

Detalhes misteriosos identificados ao redor de buracos negros supermassivos intrigam cientistas
Por History Channel Brasil em 11 de Dezembro de 2024 às 13:04 HS
Telescópio Hubble encontra "coisas estranhas" em observação inédita de quasar-0

O Telescópio Espacial Hubble revelou "coisas estranhas" ao observar de forma inédita o entorno de um quasar (centro galáctico que brilha intensamente enquanto um buraco negro consome matéria em suas proximidades imediatas). Os pesquisadores identificaram alguns blocos de diferentes tamanhos e uma estrutura filamentar em forma de L misteriosa. Tudo isso dentro de 16.000 anos-luz do buraco negro. 

Quasar 3C 273

Parte dessas estruturas pode ser composta por galáxias satélites em processo de queda no buraco negro, contribuindo para a energia intensa do quasar. O estudo permitiu uma aproximação sem precedentes, oito vezes mais próxima do núcleo do quasar em comparação a observações anteriores. "Graças ao poder de observação do Hubble, estamos abrindo um novo portal para compreender os quasares", explicou Bin Ren, do Observatório Côte d'Azur, na França.

Registro do quasar 3C 273 feito pelo Hubble
Registro do quasar 3C 273 feito pelo Hubble (Imagem: NASA, ESA, Bin Ren (Université Côte d’Azur/CNRS); Contribuiçõ: John Bahcall (IAS); Processamento de imagem: Joseph DePasquale (STScI))

Descoberto em 1963, o quasar 3C 273 foi o primeiro do tipo a ser identificado e é conhecido por sua luminosidade extrema. Além das estruturas próximas ao buraco negro, o Hubble analisou um jato extragaláctico de 300 mil anos-luz, que acelera ao se distanciar do núcleo central. As imagens detalhadas, obtidas com 22 anos de intervalo, têm ajudado a esclarecer a dinâmica desses fenômenos.

Pelo menos um milhão de quasares estão espalhados pelo céu. Eles servem como "holofotes" de fundo úteis para uma variedade de observações astronômicas. Segundo os pesquisadores, os quasares foram mais abundantes cerca de 3 bilhões de anos após o Big Bang, quando as colisões de galáxias eram mais comuns.

Fontes
NASA
Imagens
NASA, ESA, Bin Ren (Université Côte d’Azur/CNRS); Contribuiçõ: John Bahcall (IAS); Processamento de imagem: Joseph DePasquale (STScI)